Cidades

Seca faz municípios do sertão baiano entrarem em conflito por água de barragem

Publicado em 31/12/2015, às 12h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A Barragem do Truvisco, construída para armazenar mais de 30 milhões de metros cúbicos de água está com pouco mais de 9 milhões de metros cúbicos do líquido, ou seja, pouco mais de 30% de sua capacidade. Isso porque os municípios de Rio do Antônio, Guajeru, Caculé e Licínio de Almeida -que sofrem com a seca- estão em conflito quanto à utilização da água armazenada na barragem.
De acordo com o site Brumado Notícias, Antônio de Souza Lima, secretário municipal de administração e planejamento da cidade de Rio do Antônio e membro da comissão de monitoramento do açude do Truvisco, foi convocado para falar do embate.
Antônio Lima denunciou que está ocorrendo um "monopólio" do Truvisco, o qual favorece apenas os municípios de Caculé e Licínio de Almeida. Segundo ele, o que impede a abertura da válvula de descarga é que em Rio do Antônio, há várias plantações de milho, cana, mandioca e banana utilizando a água da Barragem do Truvisco.
Ainda de acordo com Antônio, o volume utilizado nessas plantações daria para abastecer três vezes as famílias de Rio do Antônio e Guajeru.
O secretário ainda comentou que com a contenção de despesas, a Embasa prefere não realizar a manobra de abertura da válvula de vazão da Barragem do Truvisco e está estudando a abertura de poços artesianos em Rio do Antônio, o que não é uma garantia, pois há o risco de se encontrar pouca vazão ou água imprópria para o consumo humano. 
A prefeitura de Rio do Antônio tentará anular o termo de alocação de água de 2015/2016, que contraria a resolução da Agência Nacional de Águas (ANA) para o abastecimento prioritário dos municípios na região do Truvisco.

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