Cidades

Track&Field garante desligamento de funcionária acusada de racismo; veja pronunciamento

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Loja de vestuário Track&Field adotou medida após repercussão de falas racistas de gerente  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 07/10/2023, às 09h15 - Atualizado às 09h15   Pedro Moraes


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Palco de acusação de racismo contra uma ex-funcionária, a loja de vestuário Track&Field, na unidade de Praia do Forte, no município de Mata de São João (BA), adotou uma medida decisiva. Após Vanessa Ribeiro alegar que a gerente Patrícia Bellandi Lima a chamou de termos como “tifunzinha” e "negra cor de disco”, a empresa resolveu demitir a funcionária.

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Procurada pelo BNews, a Track&Field também garantiu, depois de “tomar ciência do episódio ocorrido”, que abriu uma sindicância interna para apuração do fato. 

"Somos uma marca de bem-estar e por isso buscamos promover o melhor ambiente para nossos clientes, colaboradores e parceiros. Este tipo de situação fere os valores da marca que é veemente contra qualquer tipo de discriminação. Com isso, seguiremos prestando o apoio necessário a todas as partes envolvidas e reforçando a importância do respeito às pessoas", pontua um trecho da nota.

O caso está sob investigação da Delegacia de Proteção Ambiental de Praia do Forte, conforme assegurado pela Polícia Civil, também procurada pela reportagem. A denúncia foi registrada pela mulher, de 26 anos de idade, na última segunda-feira. Nesse momento, a investigação está em fase inicial. 

Relembre o caso

A ex-funcionária da Track&Field alega ter sido vítima de racismo por parte de Patrícia Bellandi Lima. Em uma gravação, registrada no último dia 8 de setembro, obtida pelo BNews, a mulher acusada como agressora conversa com outra ex-colaboradora, identificada pelo prenome de Isabele. 

“Vanessa por exemplo, aquele cabelo, ela é negra, cor de disco. Se ela alisa o cabelo, fica muito artificial, porque ela é tifunzinha. Se ela botasse o cabelo cacheado, natural, ia ficar bonita. Então força muito, porque eu nunca vi negro ter cabelo liso”, dispara Patrícia. Posteriormente, a mulher cita outra pessoa, que não teve a identidade divulgada.

Na mesma conversa, outras falas depreciativas são disparadas. Se eu pegar uma progressiva daquela e passar no seu ou no meu, ninguém vai reparar muito, mas pela cor da pessoa. Se ela assumisse a cor dela, o cabelo dela ficaria mais bonito, porque ela não é feia. Tem que dar um jeito nela. Eu vou dizer isso a ela: ‘Menina, cabelo de bombril’? Ó, não pode falar isso. ‘Deixe eu falar uma coisa. Esse cabelo seu tem como botar um cremezinho’”, acrescentou.

Classificação Indicativa: Livre

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