Conjuntura Atual

Conjuntura Atual: Obviedades a respeito da tragédia da Barra

Divulgação
Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 30/03/2021, às 19h42   Conjuntura Atual


FacebookTwitterWhatsApp

Obviedades a respeito da tragédia da Barra

Investigar os fatos que levaram à morte do soldado Wesley Soares Góes, no último domingo (28), no Farol da Barra, em Salvador, é uma necessidade que ninguém, com o mínimo de capacidade cognitiva, se colocará contra. É fundamental a análise de todas as perspectivas, sem panos quentes ou açodamento. O episódio tem impacto simbólico e prático.

Despreparo I

Um soldado dirigir mais 400 km até o ponto turístico mais representativo da primeira capital do Brasil para ali bradar palavras soltas (com significados importantes) de “ordem” é tão distópico quanto o momento que atravessamos relacionado à pandemia. Não houve capacidade da polícia de dialogar e convencê-lo de parar com aquilo, assim como não houve, naquele momento, a capacidade dele próprio entender o que estava disposto a fazer.

Despreparo II

Alçá-lo à condição de mártir é de uma leviandade muito grande, assim como o é o aproveitamento deste fato para capitalizar politicamente. Ao menos dois deputados estaduais da Bahia estão querendo promover-se em cima da morte de um agente de segurança que foi assassinado por outros agentes de segurança. Acorda, tropa, eles não estão lutando por vocês e sim por eles mesmos!

Despreparo III

A polícia é covardemente desaparelhada. Não tem desculpa, são décadas de descaso com a inteligência. O Brasil é um país que não investe de forma adequada na segurança pública. É um fato! Caso contrário, os números de homicídios, prisões e a sensação de segurança seriam outros, ou não? Não ter um policial capacitado naquele momento para dar um tiro de, não sei qual material, para imobilizar o Wesley é algo que precisa ser questionado, sim! Oras, foram horas de negociação.

Dito isso

É lamentável a morte do soldado. É lamentável que Wesley tenha tido um “surto” ou algo parecido que o levou à aquele estado e provocou aquelas reações. Um militar com arma de alto calibre, assim como um médico na sala da cirurgia pode provocar um incidente sem retorno se tiver um surto. E isso não pode deixar de ser ponderado.

Engenharia mequetrefe

Se perguntar não ofende: o presidente perdeu o apoio das Forças Armadas?

Sobre o rodízio

Que saudade de uma churrascaria ou um rodízio de pizza, hein? Por falar nisso, no governo Bolsonaro quem assume ministério já sabe que pode entrar no rodízio. Um tempo fica a ala ideológica (se é que isso pode ser chamado de ideologia), depois o atendimento ao centrão, mais tarde à turma “olavista” (rs, em caixa baixa). Enfim, na gestão do “diferentão” apenas nove, dos 23, permaneceram até agora. Até agora!

PL

O PL que já foi PR do habilidoso Valdemar Costa Neto conseguiu colocar Arruda, a Flávia, na Secretaria do Governo. É mais um gol de placa deste meia central no campo político brasileiro. O capitão gostou!

Adivinhação

O que não falta há dois anos das eleições majoritárias é candidato à Mãe Dina. É um tal dizer fulano vai ser senador, que sicrano vai ser suplente, que beltrano vai para tribunal de contas. No final é tanta especulação que alguma se realiza, ai depois vem com o que famoso: como antecipaaaado…

Sinais

Por falar adivinhação, um governo não pode parar. Ele atua em várias frentes ao mesmo tempo, ainda que os esforços maiores estejam concentrados no combate à pandemia do covid-19. Sabendo disso o pessoal anda perguntando cade a minirreforma do secretariado Rui Costa? Major Denice, Nelson Leal e mais uma turma aguardam a nomeação.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp