Coronavírus
Publicado em 27/05/2020, às 20h42 Márcia Guimarães
O coronavírus e todas as incertezas sobre como será a vida pós-pandemia têm deixado diversas pessoas ansiosas e frágeis. A possibilidade de adoecer tem feito com que as atenções se voltem também para o corpo. Como consequências, há a somatização de doenças e o foco na iminência da morte.
A psicóloga Sheyna Vasconcellos, em entrevista ao apresentador José Eduardo na noite desta quarta-feira (27), na Rádio Metrópole, destacou que o coronavírus tem um ritmo muito veloz, mas o tempo subjetivo funciona diferente do cronológico e do biológico. Por isso, é preciso prestar atenção na forma de escutar as notícias para que o pânico não tome conta e a pessoa desenvolva uma neurose obsessiva.
“Vamos entender que a vida está acontecendo, ela não parou. Focar no projeto pós-pandemia gera ansiedade. A cada dia, é preciso construir momentos que te deixem feliz, como ouvir música e cozinhar algo que gosta. Pensar também o que te ajuda a se acalmar. Além disso, ter solidariedade e pensar na coletividade, pois precisamos cuidar de nós e dos outros”, indicou Sheyna.
Ela frisou que nenhum dia é morto e, mesmo após a pandemia, o mundo e as pessoas não voltarão iguais, o que não quer dizes que isto seja ruim. “As pessoas ainda têm um certo saudosismo. A pandemia nos tirou da zona de conforto. As perspectivas a longo prazo não existem e não podemos orientar nossa vida a esse retorno da vida normal, e sim com o que está estabelecido hoje para que não haja ansiedade”, alertou a psicóloga.
Sheyna citou que, se a sociedade não entender o sentimento de coletividade, o mundo “continuará ruim como estava antes”. Por isso, cada um precisa fazer sacrifícios. Ficar em casa e respeitar o isolamento social, se for possível, é um deles.
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