Em Salvador, grupo de pais farão protesto todas as quintas pedindo retorno às aulas

Um grupo de pais quer pressionar o prefeito ACM Neto (DEM) até que o gestor decrete a volta às aulas suspensas desde março, quando foram identificados os primeiros casos da Covid-19 na cidade. A ideia é fazer uma manifestação todas as quinta-feiras, às 9h, em frente à prefeitura, loalizada no Centro Histórico.

O grupo se apresenta nas redes sociais como defensores "do direito à educação e o retorno facultativo das aulas presenciais, de forma segura e preservando vidas" e afirma que a pauta não está ligada a um interesse "político-partidário". Em um perfil no Instagram, os pais reúnem 451 seguidores e disponibilizam uma petição pedido o retorno.

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Eles questionam o gestor sobre a prioridade dada para o retorno de algumas atividades, como a abertura dos shoppings center, o funcionamento das praias, bares e restaurantes. "No entanto, quase 700 mil crianças e adolescentes em idade escolar estão fora das escolas há quase 240 dias na capital do Estado da Bahia . São 2.835 escolas particulares e 1.590 escolas municipais fechadas, mais de 40 mil professores afastados de suas atividades regulares", diz parte do trecho da petição. 

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Também pelo Instagram, a candidata não eleita à Câmara Municipal de Salvador (CMS) pelo Partido Novo, Priscila Chammas convoca seus mais de 17 mil seguidores a apoiarem a causa. Segundo ela, o ato deve acontecer até que um plano seja apresentado.

"É um tema polêmico, sobretudo pela quantidade de alarmismos e desinformação propagados, mas não dá pra fingir que o problema não existe. Ao deixar a educação pro fim da fila, estamos condenando uma geração inteira. E isso não seria considerado normal em um país sério", diz parte de uma legenda publicada em seu perfil.

Encontro

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e Neto, irão se reunir na próxima semana para definir a volta às aulas. A informação foi apurada pelo BNews nos bastidores. O encontro contará com as presenças dos secretários de Educação municipal e estadual, Bruno Barral (PSDB) e Jerônimo Rodrigues (PT), e dos secretários de Saúde Leo Prates (PDT) e Fábio Vilas Boas. No mês passado, a prefeitura chamou atenção para o aumento do número de crianças diagnósticadas com Covid-19 que precisaram ser internadas em leitos de UTI.