Coronavírus

Bahia registra maior pico de testes de Covid-19 desde o início da pandemia e demanda atrasa resultados

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Resultado que antes era, em média, recebido 48 horas após a realização do exame agora pode demorar até cinco dias para chegar ao paciente  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 01/12/2020, às 11h43   Diego Vieira


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Os baianos que fizeram o teste RT-PCR para detecção do novo coronavírus nos últimos dias terão que esperar um pouco mais para saber se estão ou não infectados. O resultado que antes era, em média, recebido 48 horas após a realização do exame agora pode demorar até cinco dias para chegar ao paciente. O motivo é o aumento expressivo do número de exames recebidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no período de 22 a 28 de novembro, a unidade recebeu 27.797 materiais coletados, maior quantidade registrada desde o início da pandemia. 

O RT-PCR é um dos exames mais eficazes para diagnosticar a Covid-19, com a coleta do material feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea (a região da garganta logo atrás do nariz e da boca) do paciente. Ainda segundo a Sesab, o Lacen-BA tem capacidade para realizar até cinco mil exames por dia.

No gráfico abaixo, é possível verificar a evolução da quantidade de testes analisados pelo laboratório. O número de 27.797 exames recebidos na última semana é 8.688 maior do que os 19.109 registrados no período entre os dias 15 a 21 de novembro. Já na décima semana epidemiológica. que compreende ao período de 1º a 7 de março, foram apenas162 exames.

Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 1.652 novos casos de Covid-19 e 21 óbitos pela doença no estado. De acordo com o boletim mais recente emitido pela Sesab, dos 403.071 casos confirmados desde o início da pandemia, 11.029 encontram-se ativos. Os casos confirmados ocorreram com maior proporção em Salvador (24,59%). O número total de óbitos por Covid-19 é de 8.268 - representando uma letalidade de 2,05%.

Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram Ibirataia (9.319,49), Itabuna (6.916,70), Aiquara (6.905,08), Madre de Deus (6.826,91), Almadina (6.808,20).

 De acordo com o secretário estadual da saúde, Fábio Vilas-Boas, apesar de a Bahia atualmente está com o número de mortes ocasionadas pelo vírus em estabilidade, o índice de mortalidade pode aumentar nas próximas semanas. "Embora nós não tenhamos até esse momento uma elevação na taxa de mortalidade é possível que isso venha a acontecer ao longo das próximas semanas. Até porque a doença não mata nos primeiros dias. Na maioria das vezes, a pessoa fica internada e morre dias depois", explica.

Nesta nesta terça-feira (1º), durante entrevista à TV Record Itapoan, Vilas-Boas alertou para uma possível segunda onda de contaminação do novo coronavírus. Segundo ele, o sistema de saúde sofre uma “pressão” devido ao aumento da procura por leitos de UTI.  

“Estamos em uma fase de aceleração de novos casos, novas notificações, mais pacientes internados nas UTIs e mais testagens realizadas no Laboratório Central do Estado. Para poder absorver a segunda onda, nós estamos reativando leitos de UTI onde está sendo necessário ser reativado, nós também estamos programando estratégias de filtrar melhor os casos que estão demandando terapia intensiva. Hoje, o sistema de saúde está pressionado com casos da normalidade, como acidentes, e pela piora, pela volta do aumento do número de casos”, disse.  

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