Coronavírus

"Precisamos garantir o direito à vida e à educação", diz promotora de Justiça sobre volta às aulas

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Entrevista ocorreu na rádio Metrópole na manhã desta terça (09)  |   Bnews - Divulgação Reprodução / MP - BA

Publicado em 09/02/2021, às 11h39   Brenda Viana


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O embate sobre a volta às aulas na Bahia ainda gera comentários divididos entre diversas pessoas e entidades. Segundo a promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Cíntia Guanaes, já houve retorno de diversas áreas e a educação deveria retornar também, envolvendo todos os protocolos de saúde pré-estabelecidos. "A gente precisa garantir todos os aspectos, precisamos garantir o direito à vida e à educação", disse a José Eduardo durante entrevista à rádio Metrópole na manhã desta terça-feira (09).

A promotora ainda afirmou que existem pais que levam as crianças para A Lagoa dos Dinossauros, em Salvador, mas não pretende deixar as crianças irem para a escola alegando risco de contaminação. Além disso, ela explica que já pediu que o governo imponha as condições sanitárias essenciais para esse retorno: "O primeiro passo é ter um plano, depois ter as medidas, ver as taxas de contágio e as autorizações sanitárias". 

Cíntia se mostrou preocupada em relação aos estudantes terem que fazer dois anos de série em um ano só, independente de quando começará as aulas. "Temos o contínuo de 2020 e 2021, precisa dar dois anos letivos, porque só foram computadas 100 horas aulas que são necessárias para o ano. Já as 1500 que ficaram para esse ano, teremos que desenrolar", explicou. 

Ela exemplifica, também, a diferença entre as escolas públicas e privadas, já que as particulares conseguiram prosseguir durante a quarentena com as aulas remotas, mas a rede pública não teve o mesmo procedimento. "Quando chegou final do ano passado e início desse ano, aí é que veio a grande preocupação com o ano letivo, porque em alguns lugares o ano se concluiu de forma remota, essas possibilidades não foram dadas na rede pública". Essa questão, no entanto, é a mais debatida entre políticos e entidades, já que vários alunos não têm condições financeiras para dar continuidade nas aulas via online.

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