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Novo ministro da Cidadania, João Roma defende "urgência" em retorno do auxílio emergencial: "precisamos estender as mãos para os brasileiros"

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Roma destacou que a responsabilidade social e fiscal devem caminhar juntas  |   Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 25/02/2021, às 17h51   Redação BNews



Novo ministro da Cidadania do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal licenciado João Roma (Republicanos-BA), afirmou que irá atuar para operacionalizar o retorno do auxílio emergencial com urgência e que a responsabilidade fiscal deve caminhar junto com o cuidado social. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (25).

"É possível e necessário o retorno [do auxílio], muitos brasileiros estão sofrendo e precisam da presença do estado. A Economia e o Social precisam caminhar juntos para minimizar o sofrimentos dos brasileiros com o auxílio emergencial [...] Nós precisamos atuar em primeira mão, com urgência, para estender as mãos para os brasileiros", afirmou o ministro.

Questionado pela emissora se a defesa pela atuação do Estado não seria contrária a plataforma de liberalismo econômico defendida pelo ministério da Economia, Roma destacou que "não adianta olhar apenas para números enquanto existirem brasileiros que precisam da ajuda para passar por esse momento difícil".  

"Nós precisamos agir em conjunto, estamos todos no mesmo governo, para providenciar uma política efetiva para todos os brasileiros que precisam [...] O governo Bolsonaro não irá abrir mão de estar presente junto a população, o presidente pediu que eu desse prioridade para isso", complementou o republicano.

Roma declarou que ainda não está definido o valor para uma nova rodada do auxílio e que a discussão irá ocorrer conjuntamente entre o governo federal e o Congresso Nacional. "O valor de 300 reais ainda não está definido [...] nós precisamos unir esforços e buscar um auxílio que possa atenuar esse sofrimento", afirmou o ministro.

Capitaneando a pasta responsável pelo Bolsa Família, o republicano defendeu uma reformulação no programa que abranja mais brasileiros e que possibilite o "avanço social" dos beneficiários. Roma destacou que a experiência adquirida com o auxílio emergencial e os dados captados em 2020 poderão fornecer uma nova estrutura para o programa social que "chegue lá na ponta".

"Nós pretendemos fazer uma reestruturação, ainda não temos as definições dos pilares [...] Assim que avançarmos sobre o auxílio emergencial, iremos para o Bolsa Família. Viabilizar o desenvolvimento do brasileiro é um dos nossos objetivos, nós oferecer a mão do estado para os brasileiros que passam por uma maior penúria, pretendemos reestruturar o bolsa família", afirmou.

Relação criatura-criador

Questionado sobre o atual estágio da sua relação com o presidente nacional do Democratas e seu padrinho político, ACM Neto, Roma afirmou que a briga por ter aceitado o convite para virar ministro ainda não foi superada. Contudo, o deputado licenciado destacou que é injusto imputar sua nomeação a ACM Neto e que a escolha foi do presidente com o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente da legenda.

"Neto mostrou muito aborrecimento com a escolha que tomei, mas eu não poderia me furtar de uma ação partidária e republicana como essa", declarou o ministro. 

A briga entre Roma e o ex-prefeito é tida por muitos como uma "jogada ensaiada" e que a chance de rompimento entre os dois é tida como nula, na avaliação de players políticos.

Desde que foi escolhido como o novo ministro, o republicano tem refutado a tese de que sua nomeação estaria na cota pessoal do ex-prefeito de Salvador, que repudiou o seu afilhado por ter aceitado integrar o governo.

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