Coronavírus

Após recomendação da Anvisa, Ministério da Saúde suspende vacinação de grávidas com AstraZeneca

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Imunização de gestantes e puérperas com comorbidades continuará, mas com a utilização de outras vacinas  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 11/05/2021, às 21h26   Redação BNews


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O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (11), que decidiu suspender de forma temporária a imunização contra a Covid-19 de gestantes e puérperas com a vacina da AstraZeneca/Oxford. A interrupção acontece após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para paralisar imediatamente a vacinação desse grupo.

"Em atendimento a essa orientação da Anvisa, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) decide interromper temporariamente a vacinação tanto de gestantes quanto de puérperas com a vacina da AstraZenca. É uma cautela até fechamento do caso e verificar o cenário epidemiológico em relação à vacina", afirmou a coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fancinato.

Segundo a CNN, a pasta explicou que a imunização de gestantes e puérperas com comorbidades continuará, mas com a utilização de outras vacinas. 

"Voltamos a trabalhar com gestantes e puérperas com comorbidades nesse momento, à luz de novas evidências essa orientação pode ser modificada. A vacinação de gestantes com comorbidades deve prosseguir, visto que a beneficiação é favorável, a gente suspende a AstraZeneca mas mantém a vacinação tanto com a vacina Sinovac quanto a Pfizer", explicou Fancinato.  

O Ministério da Saúde ressaltou, em coletiva feita na noite desta terça (11), que o imunizante da AstraZeneca é muito importante para o Programa Nacional de Imunizações.

"Destaco a importância dessa vacina para as populações do grupo prioritário, é uma vacina autorizada pela Anvisa. A gente precisa separar essa questão, estamos aplicando essa vacina na população brasileira com grandes benefícios", disse a coordenadora do PNI. 

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que pessoas desse grupo de risco que se imunizaram com a AstraZeneca serão acompanhadas pela pasta. 

"A decisão do Ministério da Saúde é circunscrever apenas aquelas que tenham comorbidades, e restringir por questão de cautela ao uso de dois imunizantes, a vacina da Pfizer e da Coronavac. Vamos continuar monitorando todas as gestantes que já foram imunizadas", disse Queiroga. 

Efeitos adversos 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 22.295 gestantes imunizadas contra o coronavírus, até o momento. Desse número, 3.414 foram vacinadas com a Coronavac/Butantan, 15 mil com a AstraZeneca/Oxford e 3.867 com o imunizante da Pfizer.

"Em números absolutos temos 11 eventos adversos graves notificados, até 9 de maio", explicou a coordenadora do PNI, Francieli Fancinato, em coletiva desta terça. 

"São dois eventos graves da AstraZeneca, oito da Sinovac e um da Pfizer. Não há óbito, porque o óbito que ocorreu ainda não foi incluído. Com a AstraZeneca, um evento sugestivo de trombose, que a paciente foi a óbito, faltam alguns detalhes que estão em investigação, um caso sem associação causal com a vacina, um caso de Covid-19 confirmado", afirmou.

A pasta afirmou que, até 9 de maio, 408 eventos adversos foram contabilizados: Astrazeneca causou dois graves e 150 não graves; Coronavac com 8 graves e 247 não graves e Pfizer com 1 grave e nenhum caso não grave.

Bula da AstraZeneca

A bula da vacina da Oxford/Astrazeneca/Fiocruz não recomenda a vacinação contra a covid-19 em grávidas, conforme matéria divulgada pelo BNews. 

De acordo com a bula, há dados limitados sobre o uso da vacina contra covid-19 em gestantes. "Os dados são insuficientes para fundamentar um risco associado com a vacina", diz trecho do documento.

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