Coronavírus
Publicado em 10/10/2021, às 14h38 Redação BNews
Os mais de 4.500 voluntários brasileiros que, desde o final do ano passado, tomaram a dose única da vacina contra covid-19 produzida pelo laboratório Janssen-Cilag, da farmacêutica Johnson&Johnson, vão começar, neste mês, a receber também uma aplicação de reforço. As informações são da revista Veja.
Neste primeiro momento, a população que não participa do estudo clínico não será contemplada. Em 25 de agosto, o Ministério da Saúde anunciou uma recomendação para que idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas tomem a terceira dose da vacina. Segundo a pasta, o reforço deve ser feito preferencialmente com o imunizante da Pfizer – na falta dele, o ideal é utilizar as vacinas da Astrazeneca ou Janssen.
Os voluntários serão monitorados até o fim de 2022 para que se verifiquem se existe a necessidade de uma aplicação extra de vacina e quais são os benefícios de uma dose de reforço do imunizante da Janssen.
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Mais proteção
Nos Estados Unidos, pesquisa similar feita com voluntários da Janssen mostra que a aplicação de duas doses da vacina da Janssen garante 94% de proteção contra casos sintomáticos de Covid-19, patamar comparável às vacinas de RNA mensageiro desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna.
Um estudo ainda em fase 2 desenvolvido pela Johnson&Johnson também com pacientes americanos indica que a aplicação de duas doses da vacina com intervalo de 56 dias entre elas proporciona 100% de proteção contra casos severos de Covid e 94% contra episódios de moderados a graves.
Outro estudo da J&J aponta que uma segunda dose a partir de seis meses depois da aplicação idealizada para ser de dose única aumenta em doze vezes o nível de anticorpos. Quando o reforço é ministrado em até dois meses, o nível de anticorpos é ampliado em quatro vezes.
Segundo comunicado da Janssen, uma pesquisa ainda na fase de pre-print sobre a efetividade da vacina no mundo real, desenvolvida com 390.517 casos de americanos no mês de julho, quando a variante Delta já era amplamente registrada no país, mostrou que o imunizante de dose única é 81% eficaz na prevenção de hospitalizações e 79% contra o contágio pelo vírus.
A Johnson&Johnson avalia agora pedir autorização da FDA, a agência de regulação de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para a aplicação em larga escala de sua vacina de duas doses.
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