Coronavírus

Anvisa pede mais informações sobre o uso de autotestes contra o novo coronavírus

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para a Anvisa, os testes não seriam conclusivos para o diagnóstico  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 19/01/2022, às 17h09   Redação Bnews


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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu informações adicionais do Ministério da Saúde (MS) para considerar o uso de autotestes de Covid-19 no Brasil. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (19) e é fruto de votação da Diretoria Colegiada da agência após análise da solicitação feita pelo MS no dia 13 de janeiro.

Os exames, que podem ser feitos em casa, permitem o acompanhamento das condições da doença. Mas, para a Anvisa, os testes não seriam conclusivos para o diagnóstico.

Na concepção enviada à Anvisa, o ministério afirmou que a aprovação é uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem, política pública lançada em setembro.

“Os TR-Ag para a detecção do SARS-CoV-2 fazem parte de uma política de saúde pública consolidada pelo MS, de forma que o autoteste deverá ser utilizado de forma complementar, como estratégia de triagem”, afirma o documento encaminhado à Anvisa.

Durante a reunião, a diretora da Agência Cristiane Rose Jourdan declarou que a utilização dos autotestes poderá ser uma estratégia importante de triagem para saber quem contraiu ou não o vírus
“Diante do cenário de infecção pela variante Ômicron, entendo como sendo importante a incorporação regulatória do autoteste como medida adicional de maior acesso pela população, como possibilidade de maior controle da pandemia”, declarou.

A diretora ainda destaca que o MS precisa estabelecer como será realizada as notificações dos casos confirmados a partir do uso de autotestes.

Segundo o ministério, a utilização dos testes funcionará como uma forma de triagem. O resultado permitirá o isolamento de pessoas com resultados positivos e futuras ações para a interrupção da transmissão do vírus.

Para o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Cláudio Maierovitch, a estratégia de saúde pública poderá trazer benefícios para o contexto epidemiológico da doença no país.

“Nós poderíamos ter um instrumento colocado pelo governo, de forma gratuita, à disposição de públicos prioritários, para que isso facilitasse a identificação de pessoas com o vírus, e fossem praticadas as medidas de isolamento, quarentena e controle. Isso poderia dar mais segurança para a volta às aulas nas escolas públicas, por exemplo”, declarou.

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