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Coronavírus: Queiroga recua e diz que casos de Deltacron no Brasil ainda estão em análise

Fábio Rodrigues Pozzebom/ Arquivo/ Agência Brasil
Marcelo Queiroga havia dito que o Brasil tinha duas infecções confirmadas da nova variante  |   Bnews - Divulgação Fábio Rodrigues Pozzebom/ Arquivo/ Agência Brasil

Publicado em 16/03/2022, às 12h47   Juliana Barbosa


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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou atrás na afirmação sobre a confirmação de dois casos de contaminação pela variante Deltacron do coronavírus, que combina as cepas Delta e Ômicron.

Nesta terça-feira (15), Queiroga havia informado que dois casos haviam sido confirmados no Brasil, nos estados do Amapá e do Pará.

 De acordo com o Jornaal O GLOBO, um documento obtido revela que o resultado dos sequenciamentos genéticos feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para determinar se os casos sob suspeitas se tratam de recombinação genética ou de uma coinfecção pela Delta e pela Ômicron ainda precisam ser confirmados pela própria fundação por meio de outros procedimentos laboratoriais.

Horas depois, o ministro da Saúde afirmou que ao menos um dos casos relatados ainda está em análise por parte da área técnica da pasta.

Quando procurado pela reportagem, o ministro recuou:

— O caso está em análise. Havia recebido a informação que os casos estariam confirmados, mas a área técnica posteriormente me informou que a confirmação definitiva sairia somente na sexta. Todavia, conforme falei na entrevista pela (terça de) manhã, mesmo que haja a confirmação, não alterará o cenário epidemiológico vigente — afirmou Queiroga ao GLOBO.

O novo posicionamento segue a linha da nova nota oficial enviada pela pasta para a reportagem: “O Ministério da Saúde informa que, até 14 de março, foram notificados dois casos de uma possível recombinação de variantes, denominada Deltacron GKA (AY.4/BA.1). Os casos foram identificados nos estados de do Pará e do Amapá".

Alerta enviado às redes pelo Ministério da Saúde, na segunda-feira, mostra que um dos dois pacientes possivelmente infectados pela variante Deltacron no país apresentou os primeiros sintomas ainda em dezembro do ano passado. A amostra do paciente da cidade de Santana, no Amapá, foi colhida em 6 de janeiro.

De acordo com um documento da pasta, o paciente do sexo masculino tem 34 anos e, na ocasião, sentiu febre, tosse, dificuldade para respirar, dores de garganta, de cabeça e nas articulações, assim como perda olfato e do paladar. Ele está vacinado com esquema completo da vacina AstraZeneca.

Ao GLOBO, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que ainda analisa as amostras:

"O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde, informa que está atuando no esclarecimento de um caso suspeito da variante Deltacron da Covid-19. Testes de análise estão em andamento. O Laboratório integra a Rede Genômica da Fiocruz e vem atuando no mapeamento de genomas do SARS-CoV-2 desde o início da pandemia. O resultado, ainda sem prazo específico para finalização, será prontamente informado ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde local, de acordo com os protocolos de referência", diz a nota.

Lei também: Nova cepa do coronavírus, a variante Deltacron, já circula no Brasil

Dois casos da variante da Covid-19 denominada Deltacron já foram identificados no Brasil segundo a afirmação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os casos foram identificados no Pará e no Amapá. Essa nova cepa é um híbrido da variante Delta e Ômicron, conforme sugere o nome.

De acordo com o portal O Globo, a primeira vez que essa nova variante foi identificada foi na França, em amostras coletadas em janeiro. E é considerada uma variante rara e que, até o momento não demostrou capacidade de disseminação de forma exponencial.

“Essa variante é uma variante de importância e requer o monitoramento. As variantes são classificadas como de importância e preocupação e as autoridades sanitárias estão aqui para tranquilizar a população. As medidas são as mesmas”, afirmou Queiroga.

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