Saiba se as novas subvariantes da covid-19 podem infectar vacinados

Duas novas variantes da Covid-19 foram identificadas por pesquisadores e geraram preocupação em especialistas em relação à possibilidade de aumento de casos no mundo. Também chamadas de linhagem, as subvariantes surgiram a partir de mutações na variante ômicron. As informações são do Valor Econômico.

O Brasil já possui casos confirmados em três Estados (Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal) da subvariante EG.5, também conhecida como Éris. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), apontam que a taxa de testes positivos aumentou em agosto. “As subvariantes da ômicron estão associadas a um aumento expressivo de casos por ter escape de resposta imune”, disse o infectologista da Fundação Oswaldo Julio Croda.

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Apesar de ser mais transmissível, a Éris não está associada a casos graves e mortes em virtude da alta taxa de vacinação dos brasileiros. Os especialistas ressaltam que é fundamental estar com o esquema vacinal em dia para evitar o agravamento dos quadros.
“As vacinas não impedem a infecção, mas têm como principal objetivo proteger os imunizados de hospitalizações e óbitos”, diz o infectologista.

A vacina mais atualizada contra covid no Brasil é a bivalente, que já foi liberada para todos os grupos acima de 18 anos. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 15% do público-alvo para a bivalente havia se imunizado até julho. Croda pontua que estar com o calendário vacinal atualizado é ainda mais importante para idosos e pessoas com deficiência imunológica.

“Ter a vacinação recente é mais importante do que tomar uma vacina com a composição exatamente igual à da variante que está circulando. Se o paciente tomou a última dose há um ou dois anos, por exemplo, a imunidade dele já caiu. Isso acontece principalmente em grupos imunussuprimidos”, explicou.