Coronavírus

Saúde recomenda sala de vacinação exclusiva para criança e rejeita drive-thru

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A orientação é que as crianças sejam separadas de ambientes onde são usados imunizantes de outras marcas  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 06/01/2022, às 20h26   Folhapress


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O Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos em salas exclusivas. Além disso, para o público infantil, a pasta diz que deve ser evitado o sistema drive-thru.

A orientação do ministério é que as crianças sejam separadas de ambientes onde são usados imunizantes de outras marcas ou em apresentação distinta, para adultos, no caso da Pfizer. A imunização dessa faixa etária entrou no plano nacional de vacinação do ministério nesta quarta-feira (5).

O detalhamento está em nota técnica da pasta divulgada sobre o tema e segue a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"As vacinas devem ser aplicadas seguindo integralmente as recomendações da Anvisa", afirma o documento.

Quando a vacinação ocorrer em comunidades isoladas, como nas aldeias indígenas, a recomendação é que seja feita em dias separados de adultos.

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Além disso, a imunização deve começar após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação das doses nas crianças.

A justificativa é que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do imunizante.

A nota técnica mostra que o estudo da Pfizer apresentado à Anvisa não observou eventos adversos graves associados à vacinação.

Já em outro estudo nos Estados Unidos, com a aplicação de 8,7 milhões de doses, houve cem eventos adversos graves, como febre, vômitos, e somente 15 relatos preliminares de miocardite.

A orientação também é que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando assim que sejam observadas durante esse período.

A vacina contra Covid não deve ser administrada em crianças na mesma ocasião em que elas recebam outro imunizante. A recomendação é que haja um intervalo de 15 dias entre a vacina contra o coronavírus e imunizantes para outras doenças.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta que crianças de 5 a 11 anos receberão a vacina da Pfizer para a Covid-19 sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.

A recomendação da pasta é que a imunização comece por menores com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.

Em seguida, a pasta recomenda que sejam vacinadas crianças que vivem com pessoas de grupos considerados de risco.

Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos. A vacinação não será obrigatória. A previsão é que o público infantil comece a ser vacinado no dia 14 de janeiro.

A pasta anunciou ainda que deve receber até março ao menos 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer contra a Covid, suficientes para imunizar cerca de metade da população de crianças de 5 a 11 anos.

O governo espera receber 3,7 milhões de doses até o fim de janeiro. As unidades serão distribuídas de forma proporcional para os estados e o Distrito Federal, responsáveis pela aplicação do imunizante.

VEJA AS PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA APLICAÇÃO DA VACINA

A vacinação deve ser iniciada após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina.

Deve ser realizada em ambiente específico e segregado da vacinação de adultos.

A vacinação de crianças nas comunidades isoladas, por exemplo nas aldeias indígenas, sempre que possível, deve ser feita em dias separados da vacinação de adultos.

A sala da aplicação de vacinas em criança deve ser exclusiva para a aplicação dessa vacina, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas.

A vacina contra Covid-19 não deve ser administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias.

A vacinação das crianças de 5 a 11 anos em postos de vacinação na modalidade drive-thru deve ser evitada.

As crianças devem ser acolhidas e permanecer no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação.

Os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, devem informar ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados.

Os pais ou responsáveis devem ser orientados a procurar o médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina.

Os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, devem mostrar ao responsável que acompanha a criança que se trata da vacina contra a Covid.

As crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem receber a dose pediátrica.

Os centros, postos de saúde e hospitais infantis devem ser treinados para atender e captar eventuais reações adversar em crianças de 5 a 11 anos, após tomarem a vacina.

Entregas previstas
3,74 milhões
de doses em janeiro
1,248 milhão em 13 de janeiro
1,248 milhão em 20 de janeiro
1,248 milhão em 27 de janeiro
20 milhões no primeiro trimestre
20 milhões no segundo trimestre
Ordem de aplicação, segundo o Ministério da Saúde
crianças com comorbidades e crianças com deficiências permanentes
indígenas e quilombolas
crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco da evolução grave da Covid
todo o público de 5 a 11 anos, começando pelos mais velhos

20,4 milhões
é o público-alvo estimado para a vacinação; são necessárias mais de 40 milhões de doses
8 semanas
é o intervalo entre a primeira e a segunda dose em crianças de 5 a 11 anos

Classificação Indicativa: Livre

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