Justiça

Justiça Militar absolve seis e condena dois réus militares do incêndio da Kiss

Publicado em 03/06/2015, às 18h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Justiça Militar do Rio Grande do Sul condenou em primeira instância dois dos oito bombeiros acusados pelo Ministério Público do Estado (MP) de responsabilidade no incêndio da boate Kiss, que causou a morte de 242 pessoas em 27 de janeiro de 2013.
O coronel da reserva Moisés Fuchs e o capitão Alex Rocha Camilo foram considerados culpados por falsidade ideológica. No caso de Fuchs, houve condenação pelo crime de prevaricação e o tenente-coronel, que era comandante da corporação na época da tragédia, foi condenado também por não ter aplicado sanções administrativas diante da comprovação de que um de seus subordinados gerenciava uma empresa privada, que fez obras na Kiss, e por falsificação de declaração em documento público.
O capitão Alex da Rocha Camilo, que assinou o segundo alvará da casa noturna, também foi condenado por falsificação de declaração em documento público. Se as penas forem confirmadas, os dois condenados terão de se apresentar, por um período de dois anos, a cada dois meses na auditoria militar.
Os oito réus responderam por crimes como inobservância de lei, prevaricação e inserção de declaração falsa com o intuito de alterar a verdade em documento público, além de falsidade ideológica. Eles foram denunciados pelo Ministério Público em agosto de 2013.
O coronel Daniel da Silva Adriano, os soldados Gilson Martins Dias, Vagner Guimarães Coelho e Marcus Vinícius Lopes Bastide e os sargentos Sérgio Roberto Oliveira de Andrades e Renan Severo Berleze foram acusados de falsidade ideológica e inobservância da lei.
A juíza Viviane de Freitas Pereira disse, durante seu voto, que considerava o processo “mais difícil” da Justiça do Rio Grande do Sul. “Temos solidariedade com as famílias (das vítimas). E a melhor forma de expressá-la é dando a melhor resposta possível”, afirmou.
Apenas oito parentes de vítimas da tragédia, que deixou um saldo de 242 mortes na madrugada de 27 de janeiro de 2013, conseguiram acessar o plenário. O veredito será anunciado pela juíza civil Viviane de Freitas Pereira e, em caso de condenação, há possibilidade de recurso ao Tribunal de Justiça Militar (TRM) do Rio Grande do Sul.
Fonte: O Globo

Classificação Indicativa: Livre

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