Justiça

Disputa judicial entre sócias da Eldorado pode estar perto de terminar, aponta jornal

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O resultado deve ser divulgado em setembro, data prevista originalmente, pondo fim à disputa de R$ 15 bilhões que já dura quase dois anos.  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/07/2020, às 15h14   Redação BNews


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As sócias na produtora de celulose Eldorado Brasil, J&F Investimentos e Paper Excellence (PE), concluíram a fase de argumentação e o processo depende só da decisão do mérito, que está nas mãos dos árbitros. As informações são do jornal Valor Econômico.

Segundo a publicação, o resultado deve ser divulgado em setembro, data prevista originalmente, pondo fim à disputa de R$ 15 bilhões que já dura quase dois anos.

Antes do início do processo de venda, a Eldorado já havia iniciado estudos para colocar uma nova linha de produção em Três Lagoas (MS), com capacidade superior a 2 milhões de toneladas anuais. Hoje, a fábrica está apta a fazer 1,8 milhão de toneladas. Com a assinatura do contrato entre a J&F e a PE, em setembro de 2017, os planos foram interrompidos, por mais tempo do que se previa por causa do conflito entre as sócias.

De acordo com o jornal, as assembleias de acionistas e reuniões do conselho de administração seguem marcadas pelo enfrentamento do conflito judicial. O último encontro do colegiado, em 29 de junho, não foi exceção. Os novos conselheiros indicados pela PE - Mauro Guizeline e Raul Rosenthal, ao lado de João Elek, que permaneceu - votaram contra algumas matérias, entre as quais as informações financeiras trimestrais. Antes, a PE havia tentado impedir a recondução da direção da Eldorado, mas sem sucesso devido a sua posição minoritária.

Caso vença a arbitragem, a PE eleva a posição acionária de 49,4% para 100%, assumindo a parte dos Batista. Fica livre para tocar o projeto de expansão como já indicou que faria. Se perder, ficará como sócia minoritária relevante, mas sem os poderes garantidos pelo contrato de compra da Eldorado.

A PE alega que a J&F agiu para bloquear a transação, diante da valorização do ativo nos meses seguintes à assinatura do contrato, com o intuito de receber R$ 6 bilhões a mais. A holding dos Batista nega a acusação - que gerou uma ação por danos morais cujo primeiro round foi vencido pelo presidente da PE no Brasil, Claudio Cotrim- e, diz que cumpriu a sua parte no contrato. A J&F recorreu da decisão. Procuradas, PE, J&F e Eldorado não comentaram o assunto.

Classificação Indicativa: Livre

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