Justiça

Abin fez relatórios para orientar defesa de Flávio Bolsonaro na anulação do caso Queiroz, diz revista

Wilson Dias/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 11/12/2020, às 09h43   Redação Bnews


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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu pelo menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso das “rachadinhas”. A informação foi divulgada pela revista Época, que teve acesso aos documentos. A autenticidade e procedência do material foram confirmadas pela defesa do senador.

Em um dos trechos dos documentos a Abin detalha o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas. 

Ainda de acordo com a revista, as informações foram enviadas em setembro para Flávio e repassadas por ele para seus advogados. O general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, já havia afirmado publicamente que não teria ocorrido atuação da Inteligência do governo após a defesa do senador levar a denúncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre Ramagem, diretor da Abin, em 25 de agosto.

Em um dos trechos do documento, é sugerido a substituição dos “postos”, em provável referência a servidores da Receita, e, sem dar mais detalhes, afirma que essa recomendação já havia sido feita em 2019. Além disso, há orientação para que Bolsonaro demita Waller Júnior da Corregedoria-Geral e coloque no lugar dele um policial federal: “Neste caso, basta ao 01 (Bolsonaro) comandar a troca de WALLER por outro CGU isento. Por exemplo, um ex-PF, de preferência um ex-corregedor da PF de sua confiança”.

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