Eduardo Paes e tesoureiro aparecem em acordo de leniência da OAS

O Acordo de Leniência 11/2017, firmado pela OAS no Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Ministério da Justiça (Cade), traz informações que colocam no centro das investigações nomes ligados ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O gestor, durante a campanha à Prefeitura em 2012, teria solicitado o pagamento de uma quantia no valor de R$ 30 milhões. A informação foi publicada na Coluna Magnavita, do jornal Correio da Manhã.

O Anexo 10, referente à campanha de 2012, traz a informação de que a "referida quantia foi solicitada diretamente por Eduardo Paes em reunião ocorrida na sede da Prefeitura, na qual também estavam presentes diretores da OAS". "O pagamento teve a finalidade de manter um bom relacionamento e evitar problemas nas obras futuras com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Para a realização dos pagamentos, foi feito contato entre funcionários da OAS com André Luiz Quirino Chaves, que na época era Tesoureiro da campanha de Eduardo Paes, e agendada reunião em um estacionamento de um posto de gasolina na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca", diz um trecho do documento.

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"os seriam fracionados em parcelas em espécie, bem como que parte do valor seria pago por meio de doações oficiais para a campanha de Eduardo Paes e para o PMDB (doações oficiais no valor aproximado de cinco milhões). Na parte a ser paga em espécie, a primeira entrega foi realizada por um funcionário da OAS na Livraria Saraiva do Barra Shopping no Rio de Janeiro. Após isso, foram feitas programações com doleiro, onde as entregas eram realizadas duas vezes por semana em um endereço da Barra da Tijuca, sempre em espécie, sendo R$ 300.000,00 em cada entrega", continua.

O documento informa ainda que "André Luiz Quirino esteve duas vezes, nos dias 26/07/2012 e 14/08/2012, no escritório da OAS, para bater o saldo de pagamento e para programar as entregas futuras".