Justiça
Publicado em 13/07/2021, às 14h32 Márcia Guimarães
A promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira Nascimento afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (13), que não há comprovação de ligação financeira entre os funcionários do supermercado Atakarejo e traficantes do Nordeste de Amaralina.
Uma das hipóteses para o fato de os criminosos terem ido até o estabelecimento comercial, após Bruno Barros da Silva e Yan Barros da Silva tentarem furtar carnes no último dia 26 de abril, é que pessoas que fazem carreto de compras em frente ao mercado, ao notarem a movimentação atípica, avisaram aos traficantes.
Ela destacou que o tráfico não quer polícia no bairro. Então, os criminosos acabam resolvendo as situações para evitar que a região entre na mancha criminal e receba incursões policiais.
Como o caso ainda está em andamento, novos indícios podem surgir e mais pessoas poderão ser denunciadas pelo Ministério Público baiano. No entanto, a promotora disse que, apesar de ainda não poder dizer como ocorreu o aviso aos traficantes, é certo que houve uma comunicação sobre a tentativa de furto e, posteriormente, a entrega das vítimas, que foram torturadas e executadas.
“Houve a quebra de sigilo e os dados ainda estão por vir. A autoridade policial achou por bem mandar logo todo o inquérito, mas, no curso da ação penal, com a chegada de novas provas ou até mesmo através dos próprios denunciados, pode haver o aditamento de denúncia, ou seja, pode-se colocar mais autores, mudar a tipificação. Nada está engessado. Esse aqui é o primeiro momento, ainda tem muita coisa a se desenrolar”, explicou Ana Rita.
Ela informou que ofereceu a denúncia na segunda-feira (12) e o caso está na Vara do Tribunal do Júri. Caberá à magistrada receber a peça de denúncia e pedir o decreto de prisão preventiva de todos os 13 denunciados. Depois, o próximo passo é aguardar a ação penal propriamente dita.
“É uma pena, uma tristeza indescritível, saber que dois jovens foram assassinados pela tentativa de furto de carne. Optou-se em não chamar a autoridade policial, o que era o certo. Ocorreu o crime, chama a polícia. Se todas essas medidas fossem tomadas, talvez esses jovens estariam respondendo frente a autoridade policial, mas vivos. Então a coisa certa não foi feita”, acrescentou a promotora.
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