Justiça

MPT pede continuidade de ação que pede indenização de R$ 10 mi a XP e Ável por falta de diversidade

Reprodução/Twitter
Em agosto de 2021,  movimentos negro, feminista e de defesa dos direitos humanos  protocolaram uma ação civil pública contra as organizações por falta de diversidade no quadro de funcionários.   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter

Publicado em 02/11/2021, às 10h40   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entregou parecer à Justiça trabalhista do Rio Grande do Sul na semana passada se manifestando favorável ao prosseguimento de uma ação em que a XP Investimentos e a Ável, escritório de agentes autônomos, correm risco de serem multadas em R$ 10 milhões.

As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, nesta terça-feira (2). Em agosto de 2021,  movimentos negro, feminista e de defesa dos direitos humanos protocolaram uma ação civil pública contra as organizações por falta de diversidade no quadro de funcionários. 

A medida foi adotada após a repercussão de uma foto divulgada pela Ável, com um grupo de mais de cem pessoas, formado em maioria por homens brancos. 

Além da indenização milionária - que seria destinada ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Secretaria Nacional do Consumidor -, as entidades também querem que as empresas cumpram uma série de medidas para aumentar a diversidade. 

Entre elas está a elaboração de um plano com metas para impedir a ocorrência de atos de discriminação de etnia, sexo, gênero e idade em  processos de recrutamento, além de  proporcionar o desenvolvimento de carreira dos funcionários.

De acordo com o colunista, três procuradores do trabalho envolvidos na ação, incluindo a responsável pela coordenação nacional de promoção de igualdade do MPT, sinalizaram que os pleitos das entidades competem à Justiça do Trabalho e são juridicamente plausíveis.

O trio também pediu que a XP continue como parte do processo, apesar do pedido de ambas as empresas para que somente a Ável fosse mantida como ré, sob o argumento de que seria a única responsável pela foto publicada online. O MPT discorda, contudo.

Para a procuradoria, a ação movida pelas entidades é vista “com otimismo e esperança”, bem como a maneira como as empresas optaram por se defender.

À época, a XP se manifestou dizendo que a inclusão de pessoas negras era uma questão de preocupação da empresa, que tinha metas internas para aumentar a contratação, não só de negros, mas também de mulheres, LGBTQIA+ e pessoas com deficiências.

Os procuradores também indicaram ao Judiciário, apesar de tentar inviabilizar a condenação, que não pretendem “negar ou relativizar o racismo estrutural existente no País”.

Leia Também

Eleições OAB-BA: Ana Patrícia vê machismo e misigonia em ataque de comitê

Líder da oposição diz que acionará MPF contra Bolsonaro por agressões a jornalistas

Desembargadores se inscrevem para disputar eleições do TJ-BA; confira nomes

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp