Justiça

Reclamação e revolta na Pierre Bourdieu

Publicado em 30/10/2012, às 13h31   Alessandro Isabel (@alesandroisabel)


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Reclamações, reclamações e reclamações. Está foi a forma que centenas de servidores terceirizados vinculados a Organização Não Governamental (ONG) Pierre Bourdieu encontraram para externar a indignação ao receber apenas um dos quatro meses de salários atrasados por parte da organização. “Isso é uma falta de respeito. Na hora de contratar fazem promessas. Mas, no momento de fazer a parte que compete a eles não cumprem o que prometem e devem”, desabafa Marta Sanches, auxiliar de limpeza que trabalha em uma unidade de educação do município.

Segundo Mário Augusto, que também foi contrato pela ONG para prestar serviço para a secretaria de Educação de Salvador, a promessa era de receber tudo o que era devido na manhã desta terça-feira (30). “Mas chegando aqui eles disseram que só irão pagar o salário atrasado referente ao mês de agosto. Pior que não deram uma previsão para pagar setembro, outubro e novembro que está vencendo. Sem contar a alimentação e o transporte”, desabafa o trabalhador que tem três filhos.

Há duas semanas, a equipe de reportagem do Bocão News vem acompanhando o processo contratual da Pierre com a Secult. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga o convênio de R$ 64 milhões entre a secretaria e a Pierre Bourdieu. Segundo a promotora Rita Tourinho, há indício de irregularidades nos contratos firmados entre a prefeitura e a organização.  A promotora pediu que o acordo seja interrompido imediatamente.  

Em conversa com o secretário municipal de Educação, João Carlos Bacelar, a rescisão do contrato foi confirmada. "O contrato reincidiu. Não estamos demitindo por demitir", disse Bacelar ao Bocão News.
Segundo ele, há um mês de salário atrasado. A informação foi desmentida pelos servidores que afirmam que no próximo dia 5 de novembro a secretaria entra no terceiro mês de atraso, sem previsão para pagamento e repasse para a ONG.  

Em nota, a ONG Pierre Bourdieu informou que o convênio supracitado é fruto de uma parceria entre a mesama, a Secult, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Conforme o anúncio, "no uso de suas atribuições, a Ong resolve tornar público, que devido ao encerramento do prazo de vigênciado Convênio 002/2012, denominado Projeto Modernização da Gestão Educacional (PMGE), no dia 17 de outubro de 2012, o mesmo está sendo rescindido. A Pierre Bourdieuprocederá com o aviso prévio de todos os funcionários que prestaram serviços ao referido Convênio, a partir do dia 31 de outubro de 2012, conforme prevê a Legislação Trabalhista".

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