Justiça

Jovem é condenado a 21 anos de prisão por matar namorada em Boquira

Publicado em 16/03/2013, às 21h28   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Hugo de Andrade Santos foi condenado a 21 anos de prisão pela morte de sua namorada Marcela Karine Santos de Souza. A condenação foi anunciada ao final da sessão no Tribunal do Júri, que se estendeu das 8h às 21h30 do último dia 13. A acusação foi conduzida pela promotora de Justiça Michele Aguiar Silva Resgala, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Livramento de Nossa Senhora, com o auxílio do promotor de Justiça titular de Rio de Contas, Rafael Henrique Tarcia Andreazzi. “Acredito que a pena foi adequada. A família da vítima, que veio de outro município para acompanhar o júri, se declarou satisfeita”, afirmou Michele Resgala.

O réu foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, tendo como agravante o fato do crime ter sido praticado em situação de violência doméstica. Os autos dão conta de que na noite de 10 de outubro de 2010, Hugo, armado com um revólver que já tinha há mais de um ano sem autorização legal, levou Marcela para um local próximo do cemitério de Boquira, onde disparou contra ela, motivado por ciúme. O acusado, que namorava com a vítima havia seis anos, passou todo o dia com ela, “fazendo crer que o relacionamento estava em perfeita harmonia, apesar do seu comportamento ciumento e possessivo, que já tinha levado o réu a proibir que a vítima tivesse amigos, chegando a exigir que ela abandonasse um emprego”. No final do dia, Marcela foi levada por ele às proximidades do cemitério, onde foi assassinada com um tiro. Ela chegou a ser socorrida, mas já chegou ao hospital morta, tendo o coração e o pulmão dilacerados pelo projétil.

A defesa alegou que a jovem teria cometido suicídio. No entanto, o MP consegui demonstrar que foi o réu quem atirou na namorada, “inconformado porque ela vinha tentando terminar o relacionamento”. Apesar de o crime ter sido praticado no município de Boquira, o julgamento aconteceu em Livramento de Nossa Senhora a pedido da defesa, que temia pela segurança do réu e pela parcialidade do júri, “pois o crime chocou a comunidade local, que tinha grande admiração pela jovem, que era estudante de enfermagem e filha adotiva de um casal de idosos queridos por todos na cidade”.


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