Justiça

Acusado de assédio, juiz Marcos Scalercio será interrogado pelo CNJ

Reprodução/ Redes sociais curso Damásio Educacional
Scalercio já foi denunciado por pelo menos 96 mulheres, incluindo advogadas, juízas, bacharéis, alunas e estagiárias  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes sociais curso Damásio Educacional

Publicado em 16/12/2022, às 18h53   Cadastrado por Lorena Abreu


FacebookTwitterWhatsApp

O juiz e professor Marcos Scarlecio, acusado de assédio e importunação sexual, será interrogado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo.

Algumas vítimas foram ouvidas pela instituição, nesta segunda-feira (12), de acordo com o Me Too Brasil, organização sem fins lucrativos que oferece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual e que reúne as denúncias contra o magistrado.

Scalercio era juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho e professor de direito material e processual do trabalho no curso preparatório Damásio Educacional. Ele já foi denunciado por pelo menos 96 mulheres, incluindo advogadas, juízas, bacharéis, alunas e estagiárias, de acordo com informações do portal R7.

Segundo os relatos das vítimas, o magistrado agarrava-as e forçava beijos em espaços públicos e privados, como no Damásio e no próprio tribunal. Uma delas o denunciou após ter participado de uma reunião em vídeo em que o juiz estava completamente nu e se masturbava.

Em agosto, os advogados de defesa do juiz afirmaram, por meio de nota, que as acusações contra Marcos Scalercio "já foram objeto de crivo e juízo de valor pelo órgão correcional e colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ele foi absolvido pelo tribunal e o caso foi arquivado".

Segundo os advogados, foram ouvidas 15 testemunhas no processo. "O arquivamento, portanto, demonstrou que o conjunto probatório é absolutamente insuficiente para dar lastro em qualquer dos fatos relatados."

A nota esclarece ainda, que a defesa destacou que o juiz não é investigado criminalmente: "Scalercio não responde a qualquer resvalo na esfera criminal, sendo inverídica a informação que parte do pressuposto que o magistrado está denunciado criminalmente. É profissional de reconhecida competência e ilibada conduta pessoal, quer seja no âmbito acadêmico, quer seja no exercício da judicatura".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp