Justiça

Allan dos Santos dribla STF e já acumula mais de 20 mil seguidores em canal do Telegram

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Canais de Allan dos Santos foi bloqueado no sábado após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/02/2022, às 09h40   Vinícius Dias


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Allan dos Santos encontrou um jeito de driblar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou, por meio do ministro Alexandre de Moraes, que bloqueasse as contas vinculadas ao blogueiro: criou um canal alternativo, que já acumula 21,5 mil seguidores. A informação é de O Globo.
Ao todo, Allan dos Santos teve três canais bloqueados: "Allan dos Santos", "TV Terça Livre" e "Artigo 220". Para quem entra nos canais, aparece a mensagem: "esse canal não pode ser exibido porque viola leis locais".
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De acordo com O Globo, Santos compartilhou um áudio na sexta (25) para comprovar que se trata dele próprio no canal. Ele pediu para os seguidores o acompanharem no grupo "Allan dos Santos 2".
Allan dos Santos é dono do canal 'Terça Livre' e é alvo de dois inquéritos que investigam suposto esquema de divulgação de informações falsas no Supremo. Um dos processos apura ameaças a ministros do tribunal e disseminação de fake news. 

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O outro investiga o financiamento de atos antidemocráticos: em outubro do ano passado, Moraes determinou a prisão preventiva do blogueiro e ordenou que o Ministério da Justiça iniciasse o processo para extradição do blogueiro, que é foragido da justiça brasileira nos Estados Unidos.
Em um vídeo que começou a circular nas redes logo após o bloqueio dos canais, Allan dos Santos critica a decisão da Justiça, que considera uma censura, e compara o Brasil à China, Cuba e Coreia do Norte.
Allan dos Santos publicou um vídeo nas redes sociais provocando o ministro Alexandre de Moraes: " “Alexandre de Moraes, tá vendo isso aqui? Não tem mistério. Se você colocar no google, você consegue encontrar. Você pode pedir para o Mickey, pode pedir pra Minnie, pode pedir pro Pateta, ou você pode pedir para o pato Donald. É bem simples, você vai lá, pede pra eles, e vem me pegar”, desafiou. 
Alexandre de Moraes ameaçou bloquear o Telegram pelo prazo inicial de 48 horas, além de aplicar multa ao aplicativo de mensagens de origem russo, caso não cumprisse a decisão que despachou na sexta (25).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também vem tentando oficiar o Telegram para que coopere no combate à desinformação durante o processo eleitoral deste ano, mas as tentativas de correspondência não obtiveram sucesso até o momento.

As autoridades temem que o Telegram seja palco para a desinformação no país durante o processo eleitoral porque o aplicativo não tem demonstrado disposição para implementar meios de barrar a disseminação de informações sabidamente inverídicas.

No aplicativo, por exemplo, é possível formar grupos com centenas de milhares de pessoas, que recebem mensagens simultaneamente. O principal concorrente, o WhatsApp, por exemplo, permite grupos de apenas 300 pessoas.

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