Justiça

Após audiência, filha de Sara Mariano permanece com a família de Ederlan; entenda

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Audiência sobre a guarda da filha de Sara Mariano começou na manhã desta quarta (29)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 29/11/2023, às 19h11 - Atualizado às 19h21   Sanny Santana e Victória Valentina


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A audiência que deveria decidir sobre a guarda da filha da cantora gospel assassinada, Sara Mariano, nesta quarta-feira (29), foi finalizada sem uma decisão anunciada. Portanto, a criança deve continuar sob a guarda da família de Ederlan Mariano, pai da criança, preso suspeito de mandar matar a esposa.

A menina foi ouvida pela primeira vez, em uma sala reservada, no Fórum das Famílias, em Nazaré, bairro de Salvador. Além dela, outras duas testemunhas e uma declarante prestaram depoimentos.

Ao BNews, o advogado de defesa de Ederlan, Otto Lopes, afirmou que o caso segue sob segredo de Justiça e que vão acontecer novas audiências para decidir o processo. Com isso, a guarda, por enquanto, fica com os avós paternos da menina de 11 anos. "É o desejo da criança, verbalizado desde as cartas que ela escreveu e em audiência", disse.

Próximos passos

Segundo a advogada da família da cantora gospel, Joeline Araújo, o próximo passo é aguardar que o juiz conceda uma guarda provisória e unilateral para a família materna da criança. A partir daí, o processo deve seguir.

"O processo deve seguir para uma outra audiência de instrução, já que essa foi preliminar, para colher o depoimento especial da menor, e a oitiva das testemunhas, uma audiência de justificação prévia para justificar nosso pedido de guarda provisória. O processo segue normal até que seja concedida a guarda definitiva mais para frente", explicou.

Contestando a versão do advogado Otto Lopes, que disse que o desejo da menina é de ficar com a família paterna, a advogada da família de Sara Mariano garantiu que ainda é muito cedo para saber o que a menor quer.

"Existem nuances que são observadas pelo juiz. A gente fala de uma criança de 11 anos de idade, que durante muito tempo ficou na convivência exclusiva da família paterna, ficou durante muito tempo sem ter acesso a notícias, nem sequer soube que seu pai havia cometido feminicídio. Falo isso com base no inquérito policial, onde consta que ele foi um réu confesso, então eu acredito que essa criança ainda esteja processando as informações e é precipitado afirmar que ela manifestou interesse em ficar com a família paterna", finalizou Joeline Araújo

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