Justiça

Caso Henry: STF nega novo pedido de Habeas Corpus a Jairinho

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Defesa de Jairinho pedia a extensão do direito concedido a Monique Medeiros, mãe do menino  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/01/2023, às 17h10   Cadastrado por Lorena Abreu


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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um novo Habeas Corpus (HC) e manteve, nests segunda-feira (23), a prisão preventiva do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, denunciado pela morte do menino Henry Borel, em 2021, no Rio de Janeiro. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (25).

A defesa de Jairinho pedia a extensão do direito concedido a Monique Medeiros, mãe do menino, que, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passou a responder ao processo em liberdade. O pedido do ex-vereador já havia sido negado pelo próprio STJ.

Na decisão, Gilmar Mendes afirmou que os pedidos de extensão feitos por corréus decorrem do tratamento jurídico igualitário que deve ser conferido a todos os acusados que integram a mesma relação jurídico-processual, segundo informações do STF.

No caso de Jairinho, porém, o STJ deixou claro que a situação jurídica do ex-vereador é "inteiramente distinta" da condição de sua ex-companheira. Enquanto ele é acusado de ter agredido fisicamente o menino, causando lesões que o levaram à morte, é imputada à mãe do menino a prática de omissão, na medida em que poderia ter evitado as agressões ao filho e não o fez.

No pedido ao STF, a defesa de Jairinho alegou, sem sucesso, que a instrução processual já se encerrou para ambos; que não há contemporaneidade para manutenção da prisão preventiva, que não pode servir como antecipação da pena; e que ele tem condições pessoais favoráveis, já que é réu primário, filho de pai idoso e pai de três filhos (sendo dois menores de idade).

Por esses motivos, segundo a defesa, seria possível a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas. Para o ministro, contudo, o STJ acertou ao negar ao ex-vereador o pedido de extensão.

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