Justiça

Marielle: Federalizar o caso pode prejudicar investigação, diz MP-RJ

Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio
MP-RJ diz também que o crime ainda não foi solucionado pela dificuldade do caso e pelo “profissionalismo dos executores do crime"  |   Bnews - Divulgação Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

Publicado em 06/01/2023, às 18h51 - Atualizado às 18h52   Cadastrado por Lorena Abreu


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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) se posicionou de forma contrária à possibilidade de federalização da investigação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista, Anderson Gomes. Em nota, o órgão afirma que a mudança poderia prejudicar o trabalho já desenvolvido, segundo informações do site Metropoles.

O MPRJ considera que a federalização não “afastará a dificuldade e a complexidade do caso, que não foram superadas quando o Ministério da Justiça constituiu Força-Tarefa para auxiliar as instituições estaduais em momentos anteriores da investigação”.

O órgão diz também que o crime ainda não foi solucionado pela dificuldade do caso e pelo “profissionalismo dos executores do crime”. Dessa forma, se defende de acusações de falta de empenho na elucidação dos assassinatos.

“Além disso, eventual deslocamento trará sérios prejuízos aos trabalhos, tanto em relação às investigações em curso, quanto ao julgamento dos executores já identificados no Júri que se avizinha”, diz.

A manifestação ocorre após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmar, nesta terça-feira (03), que o governo vai avaliar a possibilidade de federalizar a investigação do caso.

“(Eu) disse às ministra Anielle (Franco) e sua mãe que é uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle Franco e quem mandou matar Marielle Franco naquele dia no Rio de Janeiro”, disse Dino.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos em março de 2018. Até hoje a investigação não foi concluída e só foram presos os supostos executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz.

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