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Covid-19: Família receberá indenização milionária por morte de promotora grávida; saiba motivo

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Promotora grávida recebeu dose da vacina AstraZeneca contra a covid-19  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay
Cadastrado por Lorena Abreu

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Publicado em 09/12/2024, às 20h34



A família de uma promotora de Justiça que faleceu grávida de 23 semanas após receber dose da vacina AstraZeneca contra a covid-19, receberá indenização de R$ 1,1 milhão por danos morais da fabricante da vacina.

Segundo informações do portal Migalhas, a decisão é do juiz da 48ª vara Cível do Rio de Janeiro (RJ), Mauro Nicolau Junior, que determinou o pagamento de R$ 400 mil à mãe da vítima, R$ 400 mil ao espólio do pai e R$ 300 mil ao irmão.

Thais Possati, Promotora de Justiça de 35 anos, tomou a vacina em 23.04.21 e, no dia seguinte, apresentou complicações que evoluíram para um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico associado a trombose de seio venoso, resultando na perda do bebê e em seu falecimento.

Possati foi a primeira gestante brasileira a falecer em decorrência da vacina AstraZeneca. Depois do episódio, o governo brasileiro suspendeu a aplicação da vacina em grávidas, e o laboratório teria admitido não ter realizado testes em gestantes.

Um relatório médico anexado ao processo descreve o intenso sofrimento da mãe e do bebê, confirmando a vacina como causa dos problemas de saúde.

A perícia também confirmou a relação entre a aplicação do imunizante e as condições que levaram às mortes.

O magistrado destacou na sentença que, "houve verificação do defeito dois meses antes da aplicação da vítima em apreço e, ainda assim, ciente do ocorrido, a ré optou por manter o imunizante no mercado, de modo a gerar o dever de indenizar, pautado na responsabilidade civil objetiva, e, ressaltando, ainda, o não cumprimento do dever de informação qualificada".

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