Justiça

Presidente da Adep-BA fala sobre greve de defensores públicos: 'Decidimos para que nos enxerguem'

Bernardo Rego/BNews
Presidente da Adep-BA foi entrevistada pelo BNews nesta segunda-feira (27)  |   Bnews - Divulgação Bernardo Rego/BNews

Publicado em 27/05/2024, às 15h03 - Atualizado às 15h03   Bernardo Rego e Sanny Santana



Defensores públicos de todo o estado da Bahia paralisaram suas atividades no dia 15 de maio e desde então, não retornaram às suas atividades. Nesta segunda-feira (27), um ato com representantes da sociedade civil e assistidos da Defensoria Pública compareceram à sede do Sinpojud, no bairro de Nazaré, em Salvador, em apoio ao protesto.

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No total, 70% da categoria está de braços cruzados para cumprir à legislação, que determina o funcionamento de 30%. Na Bahia, são 414 defensores em atuação, número considerado baixo para a classe quando comparado à quantidade de atendimentos realizados no estado. 

Ao BNews, Tereza Almeida, presidente da Adep-BA (Associação das Defensoras e Defensores Públicos da Bahia) detalhou os motivos da greve, pontuando ainda a necessidade de equiparar a carreira do defensor ao promotor.

"É sabedor de que nós só chegamos a essa decisão de parada porque a gente não viu o nosso projeto de lei de reestruturação da carreira e de estrutura aprovado", iniciou.

"Decidimos essa paralisação para que nos enxerguem, para que entendam da necessidade da gente fazer valer esse nosso direito. E nós estamos aqui falando com todos vocês da necessidade do apoio da sociedade (...) a gente precisa fazer entender que não se faz uma defensoria forte sem um defensor público fortalecido, sem um defensor público tratado como a lei define", declarou Almeida durante entrevista.

A presidente da Adep-BA ainda exaltou o papel dos defensores públicos. "Nós atendemos pessoas em situação de rua, pessoas que não sabem nem do direito que têm", afirmou.

Almeida também comentou sobre o Poder Judiciário, declarando que "sabe do nosso empenho e do nosso propósito". "O Poder Judiciário quer fazer melhor, se estrutura para isso, só que o Poder Judiciário tem um orçamento maior do que o nosso", justifica.

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