Justiça

Desembargador é investigado após ser suspeito de deixar empregada em situação análoga à escravidão

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Segundo o desembargador Jorge Luiz, a mulher foi acolhida “como uma familiar” por ter deficiência auditiva  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 07/06/2023, às 09h08


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Uma investigação apura se o desermbargador Jorge Luiz de Borba impôs uma mulher a trabalho análogo à escravidão. Especializado em Direito do Trabalho pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), o magistrado acompanhou o cumprimento do mandado, na cidade de Florianópolis (SC), nesta terça-feira (6).

Por meio de nota enviada ao portal g1, o desermbargador apontou que “aquilo que se cogita, infundadamente, como sendo 'suspeita de trabalho análogo à escravidão', na verdade, expressa um ato de amor. Haja vista que a pessoa, tida como vítima, foi na verdade acolhida pela minha família".

Durante sua carreira, Jorge, natural de Blumenau, presidiu a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no município do Vale do Itajaí em 1991. Além disso, recebeu o título de cidadão emérito da cidade de 2018.

Tanto o desembargador quanto sua esposa são suspeitos de deixar uma mulher com deficiência auditiva como empregada doméstica por 20 anos sem carteira assinada, segundo o Ministério Público Federal (MPF)

Além disso, há indícios de prática criminosa, segundo o MPF, assim como relatos de trabalho forçado, acompanhada de jornadas exaustivas e condições degradantes. 

"A trabalhadora seria vítima de maus tratos em decorrência das condições materiais em que vive e em virtude da negativa dos investigados em prestar-lhe assistência à saúde", apontou o órgão, ainda conforme a publicação.

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