Justiça

Empresário Saul Klein é denunciado por escravizar sexualmente mulheres

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No esquema de aliciamento e violência sexual, o empresário Saul Kelin trafiacava e fazia empregadas de escravas  |   Bnews - Divulgação Foto: Ferroviária/Divulgação

Publicado em 22/10/2022, às 11h12   Redação


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Considerado um empresário do ‘alto escalão’, Saul Klein recebeu a acusação de estar envolvido no esquema de aliciamento e violência sexual. O novo capítulo dessa história envolve outra denúncia: tráfico e escravidão sexual. Por essa razão, o Ministério Público do Trabalho de Barueri (SP) pede uma indenização de R$ 80 milhões, de acordo com o Uol.

Entre as características presentes no esquema do empresário, de 68 anos, estão adolescentes feitas de reféns e tratamento desumanizado. Ainda segundo a reportagem, a defesa de Saul Klein apontou que ele fazia o que um “sugar daddy” tem a prática de fazer, onde um homem mais velho possui o fetiche de sustentar mulher mais jovens tendo troca de afeto ou sexo. Além disso, reitera que não houve agressões.

A reportagem também diz que a ferramenta de atração era as ofertas de emprego, porém as jovens acabavam confinadas por dias consecutivos em uma mansão, assim como em um sítio de Klein. No local, as vítimas tinham que ceder à penetração anal e vaginal enquanto dormiam ou passavam mal. 

O pagamento correspondia a R$ 3.000 por final de semana, mas elas não trabalhavam nem estudavam, e eram de baixa renda. Do mesmo modo, um dos detalhes é o atraso desses pagamentos eram realizados com atraso, um indicativo de que se tratava um trabalho análogo à escravidão, onde elas atuavam como reféns.

Além de ficarem com restrições alimentares, comendo “saladas” e bebendo “suco” para se manter magras, elas não possuíam nenhum meio de comunicação, ainda conforme a publicação. Em um dos casos de insatisfação, o empresário rasgou o umbigo de uma garota por ela possuir um piercing. 

Investigação

A polícia concluiu o inquérito e pediu a prisão de Saul Klein em 29 de abril deste ano. Porém, a Justiça ressaltou que há suspeitas a serem esclarecidas e negou o pedido em 19 de maio. Agora, a investigação voltou a ser retomada, e não tem previsão de conclusão.

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