Justiça

Itapebi: MP interpõe recurso contra decisão que revogou prisão de PMs acusados de tortura

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Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 05/08/2022, às 11h06   Redação


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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) interpôs recurso contra decisão monocrática, proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Jefferson Alves de Assis, que revogou a prisão de dois policiais militares acusados de cometer crime de tortura seguida de morte contra Epaminondas Batista Mota. A ação foi feita por meio do Núcleo de Acompanhamento de Recursos Judiciais Criminais (Narjcrime), na última segunda-feira (1º).

No recurso, o MP pede que o plenário do Tribunal reforme a decisão monocrática e restabeleça a prisão preventiva dos réus. O crime aconteceu no dia 16 de janeiro deste ano, na cidade baiana de  Itapebi, Sul do estado.

A denúncia contra os policiais foi feita pelo MP em fevereiro deste ano, por meio da Promotoria de Justiça de Eunápolis e do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp). 

Conforme a denúncia do MP, os PMs causaram intenso sofrimento físico e mental contra Epaminondas Mota, com o objetivo de obter a confissão de que ele havia furtado um aparelho celular. 

Os atos de tortura cometidos dois policiais causaram a morte dele. Consta ainda na denúncia que a vítima se encontrava no ‘Bar do Zai’, situado na Travessa Belmonte, na região central de Itapebi, quando os denunciados chegaram e fecharam a porta do estabelecimento.

Em seguida, teriam perguntado para a vítima a respeito de um aparelho de telefone celular que ela havia supostamente furtado. O ofendido teria respondido que não havia furtado o celular e então os denunciados teriam o agredido fisicamente, sem que esta esboçasse qualquer reação, até a morte.

Na liminar, que acolheu pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dos PMs, o desembargador entendeu que medidas cautelares diversas da prisão preventiva são suficientes para assegurar a ordem pública.

O entendimento é diferente do juiz Paulo Roberto de Oliveira,  da 1ª Vara de Auditoria Militar  de Salvador, que recebeu a denúncia do MP e decretou em março último a prisão preventiva dos PMs, considerando a gravidade e periculosidade da conduta criminosa e a necessidade de resguardar a ordem pública. Dois pedidos de revogação da prisão, formulado pela defesa, foram indeferidos pelo juiz em março, seguindo entendimento do MP. 

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