Justiça
Publicado em 06/12/2023, às 17h08 Cadastrado por Sanny Santana
A mãe e a madrasta acusadas de matar uma menina de 6 anos por beber leite sem autorização foram condenadas a 57 anos, nove meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Ketelen Vitória Oliveira da Rocha foi morta em meados de abril, em Porto Real, no Rio de Janeiro.
A criança foi torturada, açoitada, atirada de uma ribanceira e agredida por 48 horas até ser levada para o hospital. No local, ela morreu.
As rés foram a júri popular na terça-feira (5). A sentença foi assinada pelo juiz Cariel Bezerra Patriota, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, e anunciada nesta quarta-feira.
No relatório do processo consta que o crime praticado contra a criança tinha requintes de crueldade. A vítima e sua mãe foram morar com a madrasta da criança, Brena, em meados de 2020. Em dezembro daquele ano, a menina começou a ser submetida a torturas.
Segundo o Extra, o documento relata que as acusadas usaram o "argumento de que a vítima precisava ser educada" e que "passaram a trancá-la em um quarto de onde apenas poderia sair para defecar, sendo que a urina deveria ser feita na própria roupa ou chão".
A menina ficava dias trancada no cômodo recebendo alimentação pela porta, comia apenas uma vez ao dia e sofria constantes agressões.
No dia 16 de abril, a pequena Ketelen bebeu leite sem autorização das mulheres, e passou a sofrer agressões mais intensas por isso. Três dias depois, as agressoras chamaram o Serviço de Atendimento Médico Urgente (SAMU), relatando que a vítima havia se machucado em um mourão, o que foi desmentido no hospital, já que os ferimentos da menina eram graves.
A menina chegou a ser transferida de hospital, mas sofreu uma parada cardíaca devido à gravidade das lesões. Ela morreu logo em seguida.
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