Justiça
Publicado em 24/05/2022, às 07h43 Redação BNews
Um pastor evangélico e um casal foram denunciados pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal por manter 19 trabalhadores em condição análoga à de escravo. As vítimas trabalhavam em uma fazenda de extração de castanhas em território boliviano.
De acordo com a Procuradoria, Dione Chaves Sousa, Maria Irismar Lago de Lima e Sidnei Joaquim da Silva aliciavam pessoas que viviam nas ruas de Porto Velho, em Rondônia, e as obrigavam a trabalhar durante 12 horas e sem pausas para descanso.
A Procuradoria diz ainda que Dione e Maria são suspeitos de tráfico de pessoas e drogas. De acordo com a denúncia, a mulher era integrante do Comando Vermelho e tinha envolvimento em diversos crimes como tentativa de homicídios, furtos e ameaças'. Já Sidnei, por sua vez, é apontado como arrendatário de terras, e teria ajudado o casal a aliciar pessoas em Porto Velho.
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O procurador da República Reginaldo Trindade, autor da denúncia, diz que os acusados “praticamente sequestraram vários moradores de rua em Porto Velho”, e os levavam para a Bolívia, onde as vítimas eram mantidas em condições descritas como degradantes.
“Não bastasse, ainda cobraram valores absurdos por coisas essenciais (comida inclusive) e ainda forneceram drogas a todos", indicou o procurado, em trecho da denúncia.
As vítimas só podiam fazer duas refeições por dia e o valor dos pratos eram cobrados, o que aumentava a dívida dos trabalhadores com os supostos empregadores. Por uma pasta de dente, por exemplo, os denunciados cobravam R$ 100.
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