Justiça

Pastor e casal são denunciados por manterem 19 pessoas em regime análogo à escravidão

Reprodução/Pexels
O trabalho análogo à escravidão foi identificado em uma fazenda de castanhas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pexels

Publicado em 24/05/2022, às 07h43   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Um pastor evangélico e um casal foram denunciados pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal por manter 19 trabalhadores em condição análoga à de escravo. As vítimas trabalhavam em uma fazenda de extração de castanhas em território boliviano.

De acordo com a Procuradoria, Dione Chaves Sousa, Maria Irismar Lago de Lima e Sidnei Joaquim da Silva aliciavam pessoas que viviam nas ruas de Porto Velho, em Rondônia, e as obrigavam a trabalhar durante 12 horas e sem pausas para descanso.

A Procuradoria diz ainda que Dione e Maria são suspeitos de tráfico de pessoas e drogas. De acordo com a denúncia, a mulher era integrante do Comando Vermelho e tinha envolvimento em diversos crimes como tentativa de homicídios, furtos e ameaças'. Já Sidnei, por sua vez, é apontado como arrendatário de terras, e teria ajudado o casal a aliciar pessoas em Porto Velho.

Leia também:

O procurador da República Reginaldo Trindade, autor da denúncia, diz que os acusados “praticamente sequestraram vários moradores de rua em Porto Velho”, e os levavam para a Bolívia, onde as vítimas eram mantidas em condições descritas como degradantes.

“Não bastasse, ainda cobraram valores absurdos por coisas essenciais (comida inclusive) e ainda forneceram drogas a todos", indicou o procurado, em trecho da denúncia.

As vítimas só podiam fazer duas refeições por dia e o valor dos pratos eram cobrados, o que aumentava a dívida dos trabalhadores com os supostos empregadores. Por uma pasta de dente, por exemplo, os denunciados cobravam R$ 100.

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp