Justiça

STF reconhece ofensas contra comunidade LGBTQIA+ como injúria racial

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O julgamento será finalizado ainda nesta segunda, às 23h59  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 21/08/2023, às 22h15   Cadastrado por Catarina Alcantara*


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O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, nesta segunda-feira (21), ofensas homofóbicas como crime de injúria racial. Até o momento, o placar de votação está 7 votos a 1 pela ampliação da punição da conduta. A questão está sendo julgada pelo plenário virtual da Corte. O julgamento será finalizado ainda nesta segunda, às 23h59.

A Corte julga um recurso da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) para ampliar a decisão de criminalizar a homofobia como forma de racismo, em 2019.

Segundo a entidade, decisões tomadas por juízes em todo o país passaram a reconhecer a homofobia como crime de racismo somente nos casos de ofensas contra o grupo LGBTQIA+. Pelas decisões, a injúria racial, que é proferida contra a honra de um só representante, não poderia ser aplicada com base na decisão da Corte.

O ministro Fachin afirmou durante a votação que a injúria racial constitui uma espécie de crime de racismo, e a decisão do STF não pode ser restringida. A pena para conduta varia entre 2 e 5 anos de prisão.

“Entendo que a interpretação hermenêutica que restringe sua aplicação aos casos de racismo e mantém desamparadas de proteção as ofensas racistas perpetradas contra indivíduos da comunidade LGBTQIA+, contraria não apenas o acórdão embargado, mas toda a sistemática constitucional”, decidiu Fachin.  O julgamento será finalizado ainda nesta segunda, às 23h59.

 O voto foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Luiz Fux. André Mendonça se declarou impedido para julgar o caso.

*Com informações da Agencia Brasil

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