Denúncia

Pescadores de Barra do Jacuípe denunciam demolição de barraca a mando de advogada misteriosa; entenda

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Derrubada tem gerado questionamentos de pescadores em Barra do Jacuípe  |   Bnews - Divulgação Leitor/BNews

Publicado em 04/05/2022, às 11h39   Redação BNews


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A derrubada de uma barraca às margens do rio Jacuípe, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, tem gerado questionamentos de pescadores que utilizavam o local como ponto de apoio para guardar equipamentos de pesca.

De acordo com a pescadora Cleidiane Portugal, proprietária da barraca, o caso aconteceu no dia 25 de abril. Segundo ela, uma mulher que se identificou como advogada, chegou ao local acompanhada de operários e maquinários e realizou a derrubada da barraca. A suposta advogada, segundo a pescadora, se dizia representante dos donos da área onde a barraca foi construída.

"Ninguém conhece essa mulher. Ela disse que era advogada e que tinha ordem para derrubar a barraca. Ela não apresentou nenhum documento comprovando isso. Depois disso, eu fui na Sedur e no dia 27 de abril eles mandaram uma equipe aqui no local que já encontrou a barraca demolida", relata a pescadora que também comercializava produtos na barraca.

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Já nesta segunda-feira (3), blocos de concreto, popularmente conhecidos como 'gelo baiano', foram colocados no local para impedir o acesso de pescadores. Em um vídeo encaminhado ao BNews, mostra o momento da chegada dos materiais em um caminhão. Nas imagens, é possível ver ainda uma retroescavadeira realizando serviços na área.

Assista:

De acordo com o superintendente de Ordenamento e Fiscalização de Uso do Solo (Suofis), da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Camaçari (Sedur), Pedro Cezar Archanjo, confirmou que o órgão foi procurado por Cleidiane, e posteriormente, encaminhou uma equipe ao local que constatou a demolição.

O superintendente enfatizou que a demolição não foi realizada pela Sedur e que orientou a pescadora a registrar um boletim de ocorrência. Em relação aos blocos de concreto colocados na área, Pedro Cezar Archanjo diz que qualquer obra só poderá ser realizada no local após a identificação do suposto proprietário da área e devida autorização da secretaria. Ele acrescenta que o local é uma Área de Preservação Permanente.

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