Economia & Mercado

Em crise, setor de alimentação deve fechar 250 mil postos de trabalho

Publicado em 15/06/2016, às 12h46   Redação Bocão News



A crise no setor de alimentação, que teve início no primeiro trimestre de 2015 e se agravou muito no segundo semestre do ano passado, parece ter atingido o seu momento mais dramático no primeiro trimestre de 2016. Um grande número de empresas afirma estar operando com prejuízo. Uma em cada três empresas do ramo está nessa situação. O número não parou de crescer nas seis edições da pesquisa: começou com 5% no último trimestre de 2014, foi a 15% no primeiro trimestre de 2015, rondou os 25% do segundo ao quarto trimestre de 2015 e agora chega aos 34%.
O quadro acima e o ambiente de enormes incertezas políticas têm derrubado as expectativas dos empresários com relação ao faturamento em 2016, mesmo com a clara desaceleração da queda das vendas dessazonalizadas (-0,85%) no primeiro trimestre, o que parece indicar que chegamos ao fundo do poço. A Abrasel continua mantendo a sua previsão de que o ano de 2016 apresentará um crescimento real nulo e um crescimento nominal da ordem de 7,5%, alinhado com a expectativa para inflação geral do país. Este cenário considera que as perdas dos dois primeiros trimestres serão decrescentes e que o setor retomará de forma lenta o crescimento a partir do terceiro trimestre e encerrará o ano com um faturamento de 160 bilhões de reais.
Os duros reflexos da crise levarão muitas empresas a fechar suas portas ainda este ano e o setor deverá fechar algo em torno de 250 mil postos de trabalho. De todo o orçamento que o brasileiro destina à alimentação, em média, um terço é gasto com alimentação fora do lar, um setor que emprega mais de 6 milhões de pessoas e que representa 2,7% do PIB do país.

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