Economia & Mercado

CDF cai ao menor patamar desde 2014 após votação do 1º turno da Previdência

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Espécie de termômetro do risco país, Credit Default Swap (CDS) estava sendo negociado em 128 pontos nesta sexta (19)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 20/07/2019, às 10h13   Redação BNews


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A percepção de risco do investidor internacional sobre o Brasil caiu para o menor patamar em quase cinco anos. As informações são do jornal Estado de São Paulo. Na última sexta-feira (19), o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, espécie de termômetro do risco país, estava sendo negociado em 128 pontos, patamar que não era registrado desde setembro de 2014.

A queda do CDS brasileiro, de acordo com a publicação, tem sido uma das mais rápidas entre os países emergentes. Em maio, o CDS do Brasil chegou a encostar em 200 pontos, mas começou a cair rapidamente concomitantemente ao avanço da Previdência no Congresso. O texto foi aprova do no primeiro turno da Câmara por larga diferença de votos favoráveis.

Atualmente, a taxa brasileira ainda está alta em relação a outras economias, como o Chile (36 pontos) e Colômbia (84 pontos). A exceção é a Argentina, que em meio à crise econômica e tensão eleitoral, tem taxa perto de 900 pontos.

De acordo com a publicação, a perspectiva de mudanças no mercado internacional, influenciadas pela expectativa da queda do juro nos Estados Unidos e na Europa, também colaboram para a percepção do investidor.  

“O cenário para os emergentes é melhor agora. O dólar não vai se apreciar tanto, o que ajuda esses países. E, uma vez aprovada a reforma, abre um caminho para outras coisas (reformas) andarem. Podemos começar um círculo virtuoso”, avalia o chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch no Brasil, David Beker.

Já o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, também escutado pela reportagem, pondera que o País carece de outras mudanças – como a reforma Tributária e a redução da burocracia –, e que a aprovação da Previdência em primeiro turno não garante que outros textos passarão com facilidade no congresso. 

“Foi feito um trabalho (de articulação política) pela Previdência. A base para outras reformas não está tão clara”, afirma.

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