Economia & Mercado
reproduçãoPublicado em 18/03/2020, às 13h35 Redação BNews
Os negócios na bolsa de valores brasileira voltaram a ser suspensos nesta quarta-feira (18). O "circuit breaker" é a sexta paralisação em oito dias e aconteceu hoje após o Ibovespa desabar mais de 10%. A queda acompanha os mercados globais, em meio a temores de quem nem mesmo a série de medidas anunciadas por governos e bancos centrais para combater os impactos do coronavírus será suficiente para evitar uma recessão global.
O chamado 'circuit breaker' foi acionado às 13h18, quando o Ibovespa recuava 10,26%, a 66.961 pontos. Veja mais cotações. Esse mecanismo é disparado pela bolsa para interromper o pregão sempre que ocorrem oscilações muito bruscas e atípicas no mercado de ações.
No mundo, os mercados vivem mais um dia de nervosismo nesta quarta, em meio aos elevados temores de uma recessão global, apesar da série de medidas anunciadas por diferentes governos para combater os efeitos da pandemia. De acordo com o Globo.com, o clima era negativo nas principais bolsas no exterior, com as notícias sobre novos estímulos da véspera perdendo lugar para sinais crescentes dos danos da pandemia nas companhias.
Impactos no Brasil
O Banco UBS passou a projetar uma alta do PIB do Brasil em 2020 de apenas 0,5%, ante previsão anterior de crescimento de 1,3%, diante do cenário de recessão global. Na véspera, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que o governo pedirá ao Congresso Nacional para reconhecer estado de calamidade pública em razão da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a Presidência, se for reconhecido o estado de calamidade, a União não precisará cumprir a meta fiscal prevista para 2020. O orçamento deste ano, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, admite déficit fiscal de até R$ 124,1 bilhões nas contas públicas.
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