Economia & Mercado

‘Agamia’: Conheça a nova tendência de relacionamento entre jovens

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Tendência difere do comportamento adotado por solteiros e adeptos do poliamor  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 09/04/2024, às 09h46 - Atualizado às 10h12


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O número de pessoas solteiras no Brasil, 81 milhões, é maior que a quantidade de pessoas casadas, contabilizadas em 63 milhões. É o que revela um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O censo demográfico do IBGE sinaliza uma mudança comportamental entre os jovens, evidenciando a queda no tradicional sonho de se casar e formar uma família.

“A pesquisa apresentada exibe um raio-X das relações e dos matrimônios em todo o território nacional, a partir dos dados da última Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, referente ao ano de 2022. Esse cenário confirma uma retomada pós-pandemia, mas ainda mantém o número abaixo da média de 1.076.280 registrada entre 2015 e 2019”, pontua a reportagem de o jornal O Globo.

Dessa forma, surge uma nova tendência chamada de ‘agamia’, que se espalhou pelo mundo. Ao lado de tipos de vínculo rotulados como poliamor, relacionamento platônico ou aberto e solteirice, a agamia simboliza uma forma diferente e mais atual de viver.

Segundo a reportagem, “o novo comportamento representa uma crítica à ideologia amorosa/romântica e questiona o sentimento da paixão, sugerindo que esse estado emocional não permite que as pessoas ajam racionalmente e as empurra a ter expectativas irrealistas. Alguns dos devotos da agamia chegam mesmo a argumentar que o amor, longe de ser um sentimento, é uma ideologia que dita como devem ser as relações e, portanto, limita a liberdade de escolher com quem se deseja estabelecer laços afetivos”.

Para efeito de curiosidade, “agamia” vem do grego, 'a' ("não" ou "sem") e 'gamos' ("união íntima" ou "casamento") e se baseia na falta de interesse de um indivíduo em firmar um relacionamento romântico com outra pessoa. Muitos não querem filhos também.

“São pessoas que questionam a noção de que só é possível se relacionar através do amor romântico e do parceiro. Para eles, o casamento é visto como uma limitação da liberdade individual e o não reconhecimento da diversidade de relacionamentos”, explica a sexóloga graduada em Psicologia Sandra López para a reportagem de O Globo.

Ela descreve essa nova tendência como “um modelo que se opõe ao sistema monogâmico ao defender que o casal é uma estrutura desnecessária”.

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