Economia & Mercado

Ibovespa tem alta, enquanto Petrobras e Vale sofrem quedas com oscilações internacionais

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Houve uma revisão para baixo nas projeções para 2024 do IPCA com oscilações internacionais  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 20/01/2024, às 17h17


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O Ibovespa apresentou oscilações recentes, destacando-se o desempenho positivo impulsionado pelo cenário internacional e a Magazine Luiza (MGLU3), enquanto Petrobras (PETR4) e a Vale (VALE3) registraram quedas. No dia do vencimento de opções sobre ações, o Ibovespa retomou os 127 mil pontos.

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De acordo com Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank, a volatilidade na bolsa parece ser influenciada por fatores externos, destacando a importância de monitorar eventos globais.

“No que diz respeito ao IPCA - indicador oficial da inflação no Brasil -, houve uma revisão para baixo nas projeções para 2024, passando de 3,90% para 3,87%, indicando uma expectativa de menor pressão inflacionária alinhada à meta do Banco Central de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. As estimativas para 2025 e 2026 permaneceram estáveis em 3,50%”, explica o especialista.

Segundo Bazzo, quanto ao câmbio, a projeção para o dólar ao final de 2024 foi revisada para baixo, de R$ 5 para R$ 4,95, sugerindo uma expectativa de valorização do Real. Para 2025, a projeção permaneceu em R$ 5.

Luiz Felipe esclarece que a previsão mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 se manteve em 1,59%, após um aumento nas projeções na semana anterior. As expectativas para 2025 também permaneceram em torno de 2%, refletindo uma visão consistente em relação ao crescimento econômico no próximo ano.

“Quanto à taxa básica de juros (Selic), as projeções mantiveram-se em 9% para o final de 2024, 8,50% para 2025 e 2026. Esses números indicam uma perspectiva de manutenção da política monetária em níveis mais baixos, como confirmado na última reunião do Copom em 2023, quando a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%”, analisa.

Câmbio

O dólar estava a caminho de subir pela segunda semana consecutiva nesta sexta-feira (19), já que os sinais de resistência da economia dos Estados Unidos e rigidez dos bancos centrais fizeram com que o mercado reduzisse a expectativa de quedas rápidas e acentuadas nas taxas de juros.

Para Bazzo, a mensagem clara proveniente dos indicadores de atividade nos Estados Unidos e as declarações incisivas dos banqueiros centrais destacam que os mercados estão precificando, de maneira notavelmente agressiva, os cortes nas taxas para 2024, abrangendo tanto a dimensão temporal quanto a magnitude.

Nas palavras de Bazzo, um novo episódio de instabilidade nos mercados financeiros e imobiliários chineses resultou na retomada da força do dólar. Já o euro, se manteve nessa mesma faixa.

“O mercado agora espera que o Fed (Federal Reserve, que sinaliza os juros nos EUA) faça cortes de 140 pontos-base nas taxas de juros este ano, abaixo dos 165 pontos-base estimados na semana anterior. Ainda entende-se uma chance de mais de 50% de que o primeiro corte ocorra em março, em comparação com 77% de uma semana atrás”, finaliza.

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