Lemann e sócios são processados por investidora nos EUA

O bilionário Jorge Paulo Lemann e alguns dos seus sócios na 3G Capital se tornaram alvo de uma ação nos Estados Unidos por problemas com ocorrido na Kraft Heinz, multinacional de alimentos norte-americana. Na época, a empresa esteve em meio a um escândalo que resultou em uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões quatro anos antes de o rombo da Americanas virar manchete.

De acordo com a petição inicial, a investigadora, Adriana D. Felicetti,  do caso acusa Lemann e a 3G Capital de terem cometido falhas em seu dever fiduciário com a empresa e os acionistas. Eles também foram acusados de terem usado de forma indevida a informação privilegiada para lucrar com as ações da multinacional.

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A investigadora pede na ação que a reparação pede que as perdas como acionista e para a própria empresa. Entre os valos estão: o ressarcimento da multa de US$ 62 milhões aplicada pela Securities and Exchange Comission, que regula o mercado de capitais nos EUA, contra a Kraft Heinz; e de US$ 210 milhões, que devem ser pagos para encerrar ação coletiva por causa do mesmo escândalo.

“Os réus eram responsáveis ​​por garantir que a empresa mantivesse controles efetivos”, disseram os advogados da investidora, inclusive com a divulgação de “informações precisas e não enganosas e que a empresa cumprisse as disposições antifraude”.

“Em vez disso, eles esconderam a verdade até que a 3G Capital se apropriasse indevidamente de informações importantes não públicas sobre o verdadeiro estado financeiro da empresa para seu benefício próprio, vendendo grande quantidade de ações ao público mal informado por mais de US$ 1,2 bilhão”, acrescentou.