Economia & Mercado
Publicado em 17/11/2024, às 11h47 Publicado por Vagner Ferreira
Dados do Serasa apontam alta pelo segundo mês consecutivo no número de inadimplentes. No mês de outubro, 73,1 milhões de pessoas estavam nesta situação, sendo a segunda maior marca, atrás apenas de abril deste ano, em relação a série histórica que iniciou em 2016.
De acordo com informações do Estadão, os economistas elencaram alguns fatores que podem ter contribuído para esse aumento. São eles: crescimento da taxa básica de juros desde setembro de 2024, a alta na inflação de alimentos, com destaque para a carne bovina e a elevação dos gastos com jogos eletrônicos e bets. No mesmo período, foi notado, no geral, altos índices de rendimento e redução na taxa de desemprego.
O economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes, avalia: “Independente do indicador utilizado, sejam as dívidas em atraso, seja a capacidade de pagamento, houve uma tendência de alta da inadimplência no curto prazo”.
Conforme os dados divulgados, em outubro, 29,3% das famílias estavam com contas em atraso, ante 28,1% em fevereiro. Já as famílias que não conseguiram pagar as dívidas vencidas foi de 12,6% no mês 10, ante 11,9% do mês 7. Outro avanço foi no percentual das dívidas pendentes no período de 90 dias, com recorde de 50,4% do número total, estando como maior resultado desde fevereiro de 2018.
O uso do cartão de crédito parcelado se configurou como a principal via de endividamento dos consumidores, com acréscimo de 11,89% em setembro. “As famílias estão penduradas no crédito mais fácil, no cartão parcelado, onde o critério (de concessão) é frouxo”, avaliou Bentes, na reportagem.
Na comparação anual, o número de inadimplentes do Brasil foi o maior desde 2021, com quase 11 milhões a mais nesses três anos, índice equivalente à população da cidade de São Paulo. O pagamento do 13º salário e as campanhas de renegociação de dívidas no final do ano são vistas como métodos para que alguns consumidores quitem a situação e para que o número de endividados seja reduzido.
Economistas já estimam também o cenário de endividamento do próximo ano. Bentes acredita que os índices vão depender muito dos pacotes fiscais. “Se for um pacote fiscal fraco, o dólar continuará subindo, o juro e a inflação também. Daí, pode-se começar a falar em recessão, não apenas em desaceleração da economia, com agravamento mais sério da inadimplência em 2025”, disse.
Um ponto que chamou a atenção na pesquisa foi de que sete unidades federativas estiveram com mais da metade da população adulta na lista de endividados. O ranking foi composto por: Amapá (60,8%), Distrito Federal (57,8%), Rio de Janeiro (54,6%), Amazonas (53,3%), Mato Grosso do Sul (51,5%), Mato Grosso (50,4%) e Roraima (50,06%).
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