Economia & Mercado

Petrobras cancela vendas de poços terrestres; polos na Bahia são beneficiados

Fernando Frazão / Agência Brasil
Estatal fechou acordo com árabes da Mubadala para explorar biorrefino  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão / Agência Brasil

Publicado em 04/09/2023, às 13h49   Téo Mazzoni


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A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (04), que decidiu manter o controle sobre seus ativos na Bahia, incluindo o Polo Bahia Terra e o Campo de Manati. A empresa também informou que não seguirá com a venda do Polo Urucu, localizado no Amazonas.

Além disso, a subsidiária da Petrobras na Argentina, a Petrobras Operaciones, não será mais desinvestida. Essas decisões foram tomadas devido à existência de contratos de venda já assinados que não serão mais prosseguidos.

O objetivo, diz a empresa, é “maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras".

A Petrobras, no entanto, informou que irá prosseguir com o processo de venda de sua participação em três térmicas (Brasympe, Suape II e UEG Araucária).

"Essas decisões resultam de um processo de gestão ativa do portfólio da Petrobras, por meio do qual os diversos ativos são constantemente avaliados em linha com os direcionadores estratégicos mais atuais da companhia".

Depois de firmar um acordo bilionário com empresas chinesas na semana passada, a Petrobras anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos com a MIC Capital Partners, um fundo de investimento vinculado ao Grupo Mubadala Capital, que é o fundo soberano dos Emirados Árabes. Esse memorando tem como objetivo realizar estudos abrangentes relacionados a futuras oportunidades de negócios no setor de biorrefino.

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O Grupo Mubadala Capital está atualmente em processo de desenvolvimento de um projeto de biorrefinaria integrada na Bahia, após a aquisição da unidade de Mataripe, que anteriormente pertencia à Petrobras. Esta unidade na Bahia representa um pouco mais de 10% da capacidade de refino do Brasil.

Em comunicado, a Petrobras limitou-se a afirmar que o acordo prevê a avaliação da sua participação no projeto de biorrefino em questão.

"Este projeto reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico de combustíveis renováveis, capitalizando os recursos naturais abundantes presentes no país", disse a Petrobras.

De acordo com a Petrobras, o memorando de entendimento está alinhado com o objetivo de ampliar os investimentos em combustíveis renováveis.

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