Economia & Mercado

Queda no preço do diesel pode dar voto de caminhoneiros a Bolsonaro, diz líder da categoria

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Na semana passada, o preço médio do diesel nos postos recuou só 0,3%, para R$ 7,42,  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Publicado em 04/08/2022, às 19h53   Joana Cunha/ Folhapress


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O anúncio do corte de R$ 0,20 no preço do diesel nas refinarias pela Petrobras animou caminhoneiros foi bem recebido entre os caminhoneiros.

José Roberto Stringasci, presidente da associação de motoristas ANTB, diz que a categoria pode atribuir positivamente a Bolsonaro o corte no preço.

A baixa se somaria ao Auxílio Caminhoneiro, benefício dado pelo governo a esses trabalhadores meses antes das eleições.

"Teve uma grande parte que mudou de pensamento, mas hoje uns 70% da categoria continua apoiando. E, com certeza, eles vão atribuir tudo que está acontecendo ao presidente", afirma Stringasci.
Ele ressalva que será necessário esperar para ver como a redução chegará aos postos de combustíveis.

Essa é a mesma avaliação de Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da grande paralisação de 2018. Segundo ele, caso chegue na bomba, a "redução pode ser positiva no combate à inflação".

Embora o preço da gasolina venha sofrendo consecutivas quedas, devido ao impacto do corte das alíquotas de ICMS sobre os combustíveis, o diesel continua em um patamar elevado, acima dos R$ 7 nas bombas dos postos.

O valor final do combustível no Brasil sentiu menos o recente corte de ICMS porque a maior parte dos estados já cobrava alíquotas menores do que o teto estabelecido pela nova lei.

Na semana passada, o preço médio do diesel nos postos recuou só 0,3%, para R$ 7,42, de acordo com a ANP. A queda nas últimas cinco semanas chegou a apenas 2% -ou R$ 0,15 por litro.

Há, também, forte pressão sobre o preço associada aos efeitos da Guerra da Ucrânia. Com cortes da Rússia ao gás natural fornecido para a Europa, o diesel vira substituto, estimula a procura pelo combustível e pressiona os preços antes do inverno no hemisfério norte.

Líderes de caminhoneiros pedem que a Petrobras mude a política de preços, que leva em consideração os valores de referência no mercado internacional.

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