Coronavírus

Com limitação de horário, donos de bares e restaurantes pensam em não retornar às atividades

Dinaldo Silvad/ Bnews
De acordo com Abrasel, 90% das empresas tiveram que fazer algum tipo de desligamento  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silvad/ Bnews

Publicado em 07/04/2021, às 13h03   Redação Bnews


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Donos de restaurantes e bares de Salvador estão pensando na possibilidade de não abrir as portas nos finais de semana após o anúncio da liberação do funcionamento do setor de quarta a domingo, das 11h às 20h.

Muitos alegam que mesmo com o retorno, a movimentação dos clientes não será o suficiente para arcar com os prejuízos causados devido ao fechamento das atividades. 

A limitação do horário do funcionamento e a restrição de bebidas alcoólicas nos finais de semanas são os principais problemas. Boa parte do empresariado tenta sensibilizar a prefeitura e o governo do Estado para flexibilizar o horário e liberar o consumo de bebidas alcoólicas dentro dos estabelecimentos. 

O proprietário do Boteco Meia Oito, localizado no Largo de Santana (Dinha),no Rio Vermelho, reuniu funcionários e levantou a possibilidade de não abrir a casa. Outros comerciantes da região têm pensado o mesmo. 

“Estamos indo devagarinho, estamos pensando em fazer rodízio de funcionários, um dia sim, outro não. Está sendo muito difícil para o patrão e o funcionário manter as portas fechadas. Foi feita uma reunião para resolver se seria válido abrir [nos finais de semana]. Caso não dê certo, o jeito vai ser fechar as portas”, disse o garçom Magno Melo. 

O bar conta com sete funcionários. O emprego de todos foi mantido durante a pandemia que teve início em março do ano passado. 

Mais cedo, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), empresários do setor fizeram uma manifestação para cobrar das autoridades o funcionamento pleno dos bares e restaurantes. 

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Bahia (Abrasel), Leandro Menezes, explicou ao Bnews que para cumprir o decreto os estabelecimentos comerciais precisam encerrar as atividades às 19h — principal horário de lucro.

“Foi observado que mais de 90% das empresas tiveram que fazer algum tipo de desligamento. Nessa condição atual, novos desligamentos virão pela frente e, na verdade, se não mudar nada, com o indicativo que 70% não retomam suas atividades definitivamente, a gente vai conseguir, infelizmente, enxergar uma demissão massiva”, pontuou.

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