Educação

"Esse corte vai fechar as universidades. Vamos protestar", diz presidente da UEB

Divulgação/UEB
A partir desta quinta-feira (6), serão realizadas assembleias e protestos em todas as universidades e institutos baianos  |   Bnews - Divulgação Divulgação/UEB

Publicado em 05/10/2022, às 21h45   Camila Vieira


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A União dos Estudantes da Bahia (UEB) junto com a União Nacional dos Estudantes (UNE) prometem uma série de mobilizações em protesto ao bloqueio de R$ 2,4 bilhões do orçamento do MEC (Ministério da Educação), anunciado pelo governo nesta quarta-feira (5). O calendário de assembleias e protestos se inicia nesta quinta-feira (6), às 11h, na reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Canela. Seguindo das plenárias nas universidades, entre os dias 10 e 17 de outubro. Dia 18, toda a comunidade acadêmica promete se reunir em um grande ato denominado como "Dia D de Mobilização aos Cortes no Governo Bolsonaro na Educação". 

"Recebemos com muita tristeza e indignação o anúncio da portaria 11.216 , do MEC, que descreve o corte de mais 1 de um bilhão das universidades e institutos federais. Mais uma vez o governo bolsonaro coloca os espaços de construção de ciência em risco, provando a irresponsabilidade deste governo com a educação brasileira", desabafa o presidente da UEB, Pedro Lucas Ferreira. Segundo ele, os cortes dos últimos anos foram debilitando progressivamente a estrutura e a qualidade do ensino. "Mais esse corte de hoje nos aproxima do risco de fechamento das unidades", frisa.


Na opinião dele, é inaceitável que o governo de Bolsonaro decida por, mais uma vez, sacrificar o orçamento da educação pública. "Trazendo para a Bahia, especificamente a UFBA, que a meses atrás sofreu o corte de cerca de 13 milhões, valor que equivale a aproximadamente 3 meses de funcionamento, com este ataque se torna incerto os impactos do atual corte", diz. 

Para a presidente da UNE, Bruna Brelaz, o corte é um absurdo. "Não vamos nos calar. Vamos começar a amanhã a organizar uma grande mobilização. Já temos passado por enxugamentos e agora esse corte abrupto que vai sangrar as universidades", disse. O bloqueio foi anunciado nesta quarta-feira (5) em ofício enviado para as federais, que criticam a decisão e temem pela continuidade dos serviços. Os R$ 2,4 bilhões representam 11,4% da dotação atual de despesas discricionárias do ministério. São as despesas de livre movimentação, sem levar em conta salários e transferências obrigatórias, por exemplo.

O MEC e o Ministério da Economia foram questionados sobre o corte, mas não responderam até a publicação deste texto. Segundo o documento encaminhado para as universidades e institutos, os bloqueios recaem no orçamento discricionário e emendas parlamentares, inclusive as de relator –também conhecidas como orçamento secreto. Para as instituições federais de ensino, há redução de 5,8% nos limites de movimentação e empenho.

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