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De olho na eleição, Governo Bolsonaro monta força-tarefa para barrar CPI do MEC

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Autor do pedido de CPI, Randolfe Rodrigues alega ter reunido as 27 assinaturas necessárias para abertura de Comissão  |   Bnews - Divulgação Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Publicado em 09/04/2022, às 18h30 - Atualizado às 21h30   Redação


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O Governo Bolsonaro está em alerta com a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ser aberta no Senado para investigar a atuação de pastores evangélicos no Ministério da Educação. Autor do pedido, Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade) alega ter levantado as 27 assinaturas necessárias para abrir a CPI. 

Os Governistas, liderados pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), se movimentam para barrar a o processo e, segundo O Globo, alegam que ao menos 3 senadores desistiram de assinar o pedido.

A maior preocupação da Casa Civil é por conta do período. As eleições acontecem em 2022 e uma CPI investigando nomes do Governo pode gerar um desgaste na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai tentar reeleição.

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Ministros e aliados de Bolsonaro incumbidos de evitar o novo revés ponderam que não há um “fato determinado” para justificar a abertura da CPI. Alegam, ainda, que o governo está colaborando com a Comissão da Educação e que a Polícia Federal e órgãos de controle também já investigam o caso. 

Além disso, ressaltam que o ministro da Educação envolvido nas suspeitas de irregularidades, Milton Ribeiro, foi afastado do cargo. Diante disso, apostam que, ao contrário da CPI da Covid, o STF não determinaria a abertura.

“O pedido da CPI, apenas com disse-me-disse sem provas, só tem um fato determinado: a tentativa do coordenador da campanha de Lula de atacar o presidente Bolsonaro, em ano eleitoral. Só resta a eles o vale tudo. Sinal de desespero”, escreveu Ciro Nogueira no Twitter, em referência a Randolfe Rodrigues.

O ministro, segundo interlocutores ouvido pelo jornal O Globo. , tem conversado com senadores para evitar que assinem o pedido da CPI. Na quarta-feira, o chefe da Casa Civil recebeu em seu gabinete Luiz Carlos o Carmo (PSC-GO), ligado à Assembleia de Deus, Wellington Fagundes (PL-MT) e Rose de Freitas (MDB-ES). 

Entenda o caso:

Um dia depois, a senadora afirmou que teve seu nome incluído, sem autorização, em uma lista de assinaturas para abrir a CPI. Ao GLOBO, a senadora negou que tenha tratado sobre a CPI do MEC com o ministro.

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