Política

Pastor lobista do MEC se encontrou quatro vezes com Bolsonaro, diz jornal

Foto: Carolina Antunes/PR
Além de Milton Ribeiro, pastores evangélicos se reuniram com vice-presidente e quatro ministros do governo  |   Bnews - Divulgação Foto: Carolina Antunes/PR

Publicado em 23/03/2022, às 12h52   Redação


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Apontados como lobistas no Ministério da Educação (MEC), os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura tinham trânsito livre em Brasília, incluindo altos escalões do governo, como as portas abertas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem se encontraram por quatro vezes no Palácio do Planalto juntamente a ministros e secretários. 

A informação dos encontros é do jornal O Globo. O nome da dupla surgiu após a revelação do Jornal Folha de São Paulo de que os religiosos levavam prefeitos para reuniões com o ministro Milton Ribeiro, da Educação. Pouco tempo depois, a pasta liberava recursos para essas cidades.

Bolsonaro e os pastores se encontraram quatro vezes com Bolsonaro em Brasília. Três no Planalto e uma no Ministério da Educação, junto ao titular da pasta, Milton Ribeiro. 

Os dois líderes evangélicos não têm qualquer cargo público e são apontados como articuladores de um gabinete paralelo dentro do MEC, o que é ilegal.

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Segundo os registros de compromissos do presidente, dois dos encontros aconteceram no primeiro ano de mandato, em 2019: nas duas ocasiões em eventos com outras lideranças evangélicas. Em 2020, Bolsonaro novamente recebeu o pastor Gilmar Santos em seu gabinete. Dessa vez, para uma audiência a sós. No mesmo dia, logo após o encontro com o Bolsonaro, o religioso foi ao Ministério da Educação se encontrar com Milton Ribeiro, de acordo com os horários das reuniões.

Por fim, no ano passado, em fevereiro, os três participaram de um evento no Ministério da Educação. Em publicação nas suas redes sociais, Gilmar destacou que levou mais de 40 prefeitos de quatro estados "para tratar dos avanços e desafios da educação atual" para a sede da pasta.

A dupla Gilmar e Arilton também foi recebida pelo vice-presidente Hamilton Mourão, pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pela ministra da Agricultura Tereza Cristina e pelo ministro Ciro Nogueira. 

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