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Em meio a novela na base, Wagner pede desculpas a João Leão e ao PP; assista

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Wagner alegou que não queria que estratégia vazasse antes da hora certa de fazer o anúncio; Leão soube pelo rádio  |   Bnews - Divulgação Foto: Victor Pinto/BNews

Publicado em 09/03/2022, às 12h46 - Atualizado às 12h58   Victor Pinto*, de Brasília, e Vinícius Dias


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Em Brasília, o senador Jaques Wagner (PT) pediu desculpas ao vice-governador João Leão (PP) e ao Progressistas pela maneira como conduziu a montagem da chapa governista para as próximas eleições. Wagner pegou muita gente de surpresa ao anunciar que Rui Costa (PT) continuará na cadeira de governador até o final do mandato, e isso impede que Leão assuma o Palácio de Ondina pelos próximos 9 meses, como era acordado inicialmente.

A decisão entristeceu Leão, que soube pelo rádio da decisão. Wagner alega que não contou nada porque não queria que a estratégia vazasse: "entendo a tristeza do PP, de Leão e de Cacá é comigo porque fui eu a pessoa a negociar tudo. Eu não tive o tempo, porque não queria que ficasse vazando nada. É um sofrimento porque não deu certo, João Leão é uma pessoa que gosto muito. Peço desculpas publicamente a ele e ao PP", disse em entrevista exclusiva ao BNews nesta quarta-feira (9).

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Leão viajou para Brasília a fim de conversar com o ex-presidente Lula, externar seu desocntentamento e negociar, portanto, uma candidatura do próprio Leão ao Senado. Isso exigiria que o PT retirasse apoio a Otto Alencar (PSD), outrora cotado para concorrer na eleição a governador. Otto prefere adotar o silêncio sobre o tema.

Em Brasília desde a terça-feira (8), Leão se aproximou de ACM Neto (UB), principal candidato de oposição, e passou a cogitar até mesmo uma candidatura a governador dele próprio.

Mesmo com esse ruído, Wagner não acredita que o PP deixe a base. O senador frisou acreditar que a legenda prefere continuar onde está. "Meu sentimento é que eles preferem continuar nessa relação conosco, que dura 14 anos. Não sinto vontade deles em ir pra lá. Lógico, que pode ter vontade do nacional, mas ainda não decidiram nada", afirmou.

Segundo Wagner, a maior tristeza em o PP não ficar com a governadoria pelos próximos 9 meses não é o fato de Leão não assumir, mas sim o de conseguir um arranjo que permita à legenda continuar na base. 

Mais cedo, João Leão, que também é presidente do PP baiano, disse que o senador Jaques Wagner (PT) descumpriu acordos e fez uma projeção para o futuro do PP.

"Após as declarações do senador Jaques Wagner, em entrevista no início da semana, descumprindo alinhamentos construídos fruto de amplo diálogo, o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano", afirma Leão.

Leão se reuniu nesta quarta-feira (9) em Brasília com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional licenciado do Progressistas e atual ministro-chefe da Casa Civil do Governo Federal, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para traçar o futuro do partido na Bahia.

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